Bolsonaro oficializa saída de Mandetta do Ministério da Saúde
Divergências sobre enfrentamento ao coronavírus levaram à queda do ministro
Brasil e Mundo | Por F5 News 16/04/2020 16h22 - Atualizado em 17/04/2020 09h19

O presidente Jair Bolsonaro oficializou, na tarde desta quinta-feira (16), a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que foi chamado ao Palácio do Planalto para ser informado da exoneração.

A informação foi divulgada pelo próprio ministro em uma rede social. "Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país", escreveu Mandetta. 

A demissão do ministro ocorre após semanas de embates com o presidente. Enquanto Bolsonaro defende a flexibilização das medidas de isolamento social, Mandetta acredita na redução da circulação de pessoas e nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a pandemia de coronavírus.

Médico, Mandetta foi secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul e deputado federal pelo DEM. Ocupava o cargo de ministro da Saúde desde o início do governo Bolsonaro, em janeiro de 2019. As notícias sobre a possibilidade de ele deixar a pasta já vinham há duas semanas.

No lugar de Mandetta, Bolsonaro decidiu nomear o médico Nelson Teich. O presidente se reuniu na manhã de hoje com o oncologista, em Brasília. Em artigo publicado no começo deste mês, Teich defende que as pessoas fiquem em casa, com exceção de quem presta os serviços essenciais. 

Despedida

Após o anúncio da demissão, Luiz Henrique Mandetta concedeu entrevista coletiva no auditório do Ministério da Saúde para falar sobre a sua saída do cargo. Ele elogiou a equipe, citando diversos secretários, coordenadores e assessores. Ressaltou que a atuação da sua gestão contribuiu para achatar a curva de contágio da pandemiade covid-19 no país, evitando uma subida íngreme.

Mandetta pediu aos servidores e gestores que auxiliem no novo comando da pasta, defendendo uma transição “tranquila”, como afirmou na entrevista coletiva de ontem (15). “Minha última ordem [é] para que vocês possam fazer o melhor”, recomendou, ao acrescentar que deve ser mantida a defesa “intransigente” do Sistema Único de Saúde (SUS) e da ciência.

Ele alertou para a importância de continuar o cuidado para evitar a disseminação do vírus e defendeu que o mais importante é seguir as orientações dos gestores locais de saúde, como secretarias municipais e estaduais de Saúde. “Não pensem que não estamos livres de um pico de ascensão desta doença. O sistema de saúde ainda não está preparado para uma marcha acelerada. Sigam as orientações das pessoas mais próximas que estão em contato com o sistema de saúde, que são os prefeitos e governadores”, destacou.

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