Com rodízio de energia, contrastes sociais do Amapá são evidenciados
Previsão é que a situação seja totalmente normalizada só no fim desta semana Brasil e Mundo | Por F5 News 09/11/2020 10h39 - Atualizado em 09/11/2020 20h09Escassez de água potável e alimentos estragando na geladeira desligada. Essa tem sido a rotina da maior parte da população do Amapá há uma semana. Desde a última terça-feira (3), quando quase todo o estado foi atingido por um apagão, a população amapaense tem dificuldade em acesso ao que é seu por direito, expondo ainda mais contrastes sociais que já eram visíveis na região.
Enquanto o governo promete restabelecer 100% da carga de energia elétrica do estado até o fim desta semana, a Justiça Federal no Estado determinou na noite de sábado (7) que a solução completa para a falta de energia ocorra em até três dias a partir da intimação, sob pena de multa de R$ 15 milhões para a Isolux - companhia responsável pela subestação atingida por um incêndio ainda na terça-feira (3).
Diferentemente do que ocorre na periferia da capital Macapá e cidades vizinhas, as regiões centrais têm alguma estabilidade na retomada do serviço de energia, com rodízio. A energia chega a ser restabelecida em alguns momentos, mas não se mantém. O quadro varia de bairro a bairro.
A Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), responsável pela distribuição, afirma que não é operação fácil restabelecer um sistema que foi todo desligado e admite a diferença de tratamento entre regiões. Assinala, no entanto, que regiões são eleitas como prioritárias por conta da presença de unidades de saúde e hospitais.
Mas a solidariedade também marca presença nas cidades sem energia elétrica. O gerente de um posto de combustíveis de Santana, a cerca de 25 quilômetros de Macapá, liberou o acesso ao reservatório abastecido por um poço. Ele também autorizou o uso das tomadas. “As pessoas precisam se comunicar com os parentes. Sem água e sem energia piora tudo”, afirmou o gerente Benedito Batista, 30 anos.
A previsão oficial é que a situação seja totalmente normalizada só no fim desta semana.
*Com Agência Estado e Metrópoles.





