Em 50 anos de ocupação de Israel, palestinos sofrem com precariedade de serviços
Brasil e Mundo 01/06/2017 07h24

As restrições impostas por Israel no movimento de bens e de pessoas nos territórios ocupados palestinos, além dos bloqueios na Faixa de Gaza, são a "raiz do sofrimento do povo palestino". Esta é a principal conclusão de um estudo divulgado esta quarta-feira (31) pelo Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) das Nações Unidas. A informação é da ONU News.

O relatório destaca que as políticas israelenses de ocupação, em vigor há 50 anos, continuam sendo a causa das necessidades humanitárias na região. O chefe do Ocha nos territórios ocupados, David Carden, explicou que a crise ocorre pela "falta de proteção para os civis palestinos, incluindo violência, deslocamentos, restrições de acesso a serviços básicos e outras violações de direitos".

Isso tem um impacto nas pessoas mais vulneráveis, especialmente nas crianças, diz o relatório do Ocha, que menciona as restrições à movimentação dos palestinos e o acesso a serviços básicos.

Restrições

O número de palestinos autorizados por Israel a deixar Gaza foi menor no segundo semestre de 2016. Já a passagem de Rafah, entre Gaza e o Egito, só ficou aberta durante 44 dias no ano passado.
As autoridades israelenses demoliram ou apreenderam cerca de 300 estruturas financiadas por doadores que serviriam de ajuda humanitária aos palestinos, com valor calculado em US$ 730 mil.
O relatório faz menção ainda aos impactos do conflito interno em políticos palestinos, com a divisão entre o presidente Mahmud Abbas na Cisjordânia e o grupo Hamas controlando Gaza.

As restrições impostas por Israel também são destaque em um outro relatório das Nações Unidas, feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O diretor da agência, Guy Ryder, declarou que a ocupação prejudica o acesso à terra, à água e aos recursos naturais. Com isso, existe pouco espaço para oportunidades de trabalho, para a agricultura e para a criação de empregos. A OIT diz que mais de 25% dos palestinos estão desempregados e entre os jovens, o índice chega a 40%.

A situação é ainda mais difícil para 2 milhões de palestinos vivendo em Gaza, onde 60% dos jovens com diploma escolar estão sem trabalho. O relatório alerta para a possibilidade de radicalização e violência entre os jovens palestinos sem perspectiva de emprego.

Fonte: Agência Brasil

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