Entenda como funciona a eleição presidencial norte-americana
Brasil e Mundo 08/11/2016 13h57 - Atualizado em 08/11/2016 15h59

1 - Em 2016, de fevereiro a junho, partidos Democrata e Republicano realizam prévias entre pré-candidatos em cada estado. O Partido Republicano (mais conservador) e o Partido Democrata (com ideologia liberal) convivem em rivalidade centenária. Os Estados Unidos têm vários partidos políticos, mas apenas esses dois têm chances reais para elegerem um presidente.

2 - Na temporada de prévias dos dois partidos, os eleitores de cada um dos 50 estados americanos e alguns territórios escolhem delegados partidários, que prometem apoiar determinado pré-candidato. São esses delegados eleitos que irão participar da convenção nacional de cada partido, na qual o candidato presidenciável é oficialmente escolhido.

3 - As prévias podem ocorrer por meio de primárias ou caucus, o que varia de acordo com o partido e também com a lei de cada estado.

4 - Quando a opção é pelo caucus, a escolha dos delegados é feita em reuniões políticas realizadas em residências ou prédios públicos, nas quais os eleitores debatem sobre seus candidatos e temas eleitorais. O resultado elege os representantes dos distritos que, posteriormente, se encontram para decidir os representantes do condado. Esses, em nova etapa, escolhem os delegados do estado.

5 - Nas primárias o processo é mais simples. A votação segue o formato tradicional, no qual os eleitores votam em seu candidato por meio de cédulas. O pré-candidato que vencer a primária ganha os delegados daquele estado.

As prévias podem optar pela modalidade fechada (apenas os eleitores registrados no partido votam) ou aberta (qualquer eleitor pode votar no pré-candidato). Alguns estados adotam um sistema misto.

6 - Iowa e New Hampshire são os primeiros estados a votar nas prévias. O estado que indica o maior número de delegados é a Califórnia. Lá acontece uma das últimas primárias, em 7 de junho.

7 - Após as prévias, cada partido oficializa o seu candidato em uma convenção nacional, em julho, quando os delegados selecionados votam no nome escolhido pelos eleitores de seus estados. A convenção nacional também costuma ser a ocasião em que o indicado oficial do partido escolhe o vice de sua chapa.

8 - A partir da oficialização, o candidato democrata e o republicano reforçam o investimento em propaganda, fazem campanhas nos estados e se enfrentam em debates.

9 - A população vota para presidente em 8 de novembro. O voto não é obrigatório.

10 - O candidato vencedor do voto popular em cada Estado tem direito a receber os votos do colégio eleitoral daquele estado. Os votos a que um estado tem direito variam conforme o tamanho da sua população. Essa dinâmica permite se tornar presidente mesmo sem ter a maioria nas urnas. São raros os estados que dividem os representantes do Colégio Eleitoral na proporção de votos que cada candidato obteve.

11 - Estados que mudam de preferência a cada eleição, chamados "swing states", estados-pêndulos ou estados decisivos, são os maiores focos de interesse dos presidenciáveis. São aqueles em que nenhum dos dois partidos possui uma maioria clara na preferência dos eleitores.

12 - Para vencer é preciso ter 270 dos 538 votos no Colégio Eleitoral

13 - Se nenhum candidato conseguir o número de votos no Colégio Eleitoral necessário para ser eleito Presidente, a Câmara de Representantes decide quem será o novo líder governamental dos EUA.

14 - A posse presidencial ocorre em 20 de janeiro de 2017.

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