Especialista explica como lidar com a rebeldia na adolescência
Brasil e Mundo 15/07/2018 09h42

Crescer não é tarefa fácil. Com o tempo, chegam também as responsabilidades, cobranças, sonhos, frustrações e uma série de emoções nada fácil de lidar. Para aqueles que estão na transição da infância para a fase adulta, um turbilhão de mudanças físicas, psicológicas e emocionais acontecem. É na adolescência que muitas referências são formadas, a personalidade está se moldando e junto a isso, os filhos e filhas podem desenvolver um comportamento mais rebelde. Lívia Lopes, psicóloga do Hapvida, fala sobre isso.

“A rebeldia é comportamento. Pode ocorrer por vários fatores e pode ser transitória ou não. Tudo depende do contexto ou da fonte deste comportamento. Na adolescência, a chamada má criação tem contornos diferentes dos apresentados pelas crianças. Ao chegar a essa idade, é esperado que os jovens já tenham incorporado à sua rotina normas de conduta e de responsabilidade que devem ser estabelecidas pelos pais desde a primeira infância. Caso os adolescentes ainda façam birra e se comportem mal como os pequenos, é hora de os pais reverem sua linha educacional, para que os filhos não se tornem adultos mal educados”, alerta.

A especialista acrescenta que os pais devem aprender como lidar com a rebeldia e a contestação, que são alguns dos comportamentos que costumam se sobressair na época da adolescência. Nessa fase, os jovens devem ser orientados sobre como exercer o direito de questionar sem faltar com o respeito a ninguém.

Lívia Lopes explica que muitos fatores podem influenciar o comportamento de rebeldia. Dentre eles, o ambiente de convivência e a forma como foram educados ou como viram os pais resolverem seus conflitos.

“Os filhos são imitadores inconscientes dos pais. Casais que se agridem, ensinam os filhos a serem agressivos, os jogos de videogames, os filmes e até a própria inexperiência com os conflitos da vida são desencadeadores de rebeldia. O jovem quer aprender rápido, quer discordar, quer estar em evidência. Isto acaba levando para comportamentos precipitados. Mas o principal contexto, certamente se volta para os pais, pois são eles quem possuem as ferramentas mais adequadas para instruir os filhos. Pais precisam dispensar tempo para educar. Quando não fazem isto, outros o fazem, e de forma errada”, adverte.

A psicóloga acrescenta que é possível reverter o quadro, desde que haja interesse e dedicação por parte dos pais e responsáveis, com o intuito de ouvir o que seus filhos têm a dizer, sem pressa.

“Filhos precisam de pais que sentem com eles, que dividam um sanduíche, que joguem bola no quintal, que escutem suas queixas. Os pais precisam ensinar aos filhos a desligar mais os celulares e a exercitar o diálogo, devem presentear com mais abraços e beijos. Depois, é entender o que é limite e a sua importância na fase de transição entre a infância e a vida adulta. Muitas vezes, os pais acreditam que o adolescente sabe se virar ou que não há mais tempo para retomar as rédeas da relação. Limites são parâmetros e medidas de proteção em relação a alguém que ainda está se formando e tem fragilidades. Sem uma presença firme dos pais, o adolescente fica abandonado à mercê da própria impulsividade, ou seja, dar limites não é cercar ou controlar, e sim proteger, amar e orientar. E é isso que você precisa dizer para o seu filho”, orienta a especialista.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

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