EUA chegam a eleição com temor de violência e ameaça de disputa judicial
Trump ameaça se declarar vitorioso e contestar possível resultado favorável a Biden Brasil e Mundo | Por F5 News 03/11/2020 10h29Sem um candidato favorito inconteste e sem prazo oficial para anúncio do vencedor do novo ocupante da Casa Branca, os Estados Unidos da América vão hoje (3) às urnas, em plena pandemia do novo coronavírus, sob um clima de intensa polarização ideológica e política.
O presidente republicano Donald Trump, 74, em segundo lugar nas últimas pesquisas, atrás do democrata Joe Biden, 77, ameaça contestar uma possível derrota, alegando fraudes no processo eleitoral, um cenário extremo que pode abalar a imagem da democracia americana e contaminar as previsões pessimistas de recuperação rápida da economia mundial devido às incertezas sobre quem tomará posse no dia 20 de janeiro.
Quase 100 milhões de americanos votaram antes de as urnas abrirem durante a manhã, seja de forma presencial ou postando suas cédulas. A avalanche de votos indica um comparecimento recorde. O democrata Joe Biden disse na segunda-feira, 2, que o adversário "não roubará a eleição", horas depois de Trump ter prometido acionar seus advogados logo após a votação acabar – caso a apuração aponte sua derrota.
Uma possível contestação de Trump sobre o resultado da eleição na Suprema Corte tem potencial de causar turbulências no mercado financeiro e desafiar o mundo da diplomacia a encontrar uma solução para um impasse na segunda maior democracia do mundo, atrás apenas da Índia.
Para especialistas, ao incitar uma guerra jurídica sobre o resultado da eleição, o presidente mais polêmico da história dos EUA colocou a democracia do país sob seu maior teste de estresse desde a Guerra Civil, entre 1861 e 1865, quando estados do Sul lutaram contra os do Norte pela manutenção da escravidão. Há temores de que, diante de uma eventual radicalização, nem a eleição consiga restaurar a força da democracia no país.
Pandemia
A avaliação dominante é que, se confirmada uma derrota de Trump, como projetam as pesquisas, a culpa seria de sua postura negacionista diante da pandemia da Covid-19, uma aposta política que foi reproduzida por outros líderes políticos de governos direitistas pelo mundo.
*Com Diário do Nordeste e Agência Estado





