Federação dos Petroleiros recomenda suspensão de greve
De acordo com a FUP, o recuo foi necessário por causa de recentes decisões do TST
Brasil e Mundo 31/05/2018 17h43 - Atualizado em 31/05/2018 17h45

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) recomendou hoje (31) a suspensão da greve temporária de 72 horas da categoria, iniciada no dia 29. Segundo a entidade, a suspensão representa um recuo momentâneo e necessário para a construção de uma greve por tempo indeterminado.

De acordo com a FUP, o recuo foi necessário também por causa de recentes decisões do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que, segundo a entidade, visam, por meio de multas abusivas, “criminalizar e inviabilizar os movimentos sociais e sindicais”.

A FUP fez críticas à diretoria da Petrobras. Entre as justificativas apresentadas pelo movimento grevista, estão críticas à “escalada descontrolada” de aumentos do gás de cozinha e dos derivados. São reivindicadas também a retomada da produção, a plena carga das refinarias e o fim das importações de derivados.

Após a deflagração da greve, o TST considerou a greve abusiva e determinou uma multa diária de R$ 500 mil contra o movimento. Posteriormente, o valor da multa aumentou para R$ 2 milhões. Por meio de nota, a FUP argumentou que, mesmo ciente de que a greve de advertência da categoria não causaria riscos de desabastecimento, o TST tomou a “decisão arbitrária e política de decretar a ilegalidade do movimento, assumindo o golpe e agindo como um tribunal do capital”.

“O TST joga o jogo do capital e não deixaria barato a greve dos petroleiros. As multas diárias de R$ 500 mil saltaram para R$ 2 milhões, acrescidas da criminalização do movimento. O tribunal cobrou da Polícia Federal investigação das entidades sindicais e dos trabalhadores, em caso de desobediência”, diz a nota.

“Essa multa abusiva e extorsiva jamais seria aplicada contra os empresários que submetem o país a locautes para se beneficiarem política e economicamente. Jamais seria imposta aos empresários que entregam patrimônios públicos, aos que destroem empregos e violam direitos dos trabalhadores”, acrescenta a FUP ao orientar que seus sindicatos façam um “recuo momentâneo e necessário para a construção da greve por tempo indeterminado.”

Ainda de acordo com a nota, os petroleiros saem da greve “de cabeça erguida”, por terem “desmascarado” os interesses privados e internacionais que pautam a atual gestão da estatal.

 

Fonte: Agência Brasil

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