Saúde
“Glaucoma é grave e não dá sinais”, alerta oftalmologista
Glaucoma não é uma doença considerada sazonal e sim uma patologia crônica
Brasil e Mundo 24/12/2020 10h30

O glaucoma é uma doença ocular caracterizada por alteração do nervo óptico que leva a um dano irreversível das fibras nervosas e, consequentemente, perda de campo visual, e de acordo com a oftalmologista do Hospital de Olhos Rollemberg Góis (HORG), Juliana Franca, a doença, na grande maioria dos casos não tem sintomas.

“Quando o paciente apresenta sintomas já pode ser por um glaucoma mais avançado ou um bloqueio do ângulo causando o que chamamos de crise aguda de glaucoma. Dentre esses sintomas podemos citar a hiperemia ocular, dor ocular, percepção de halos coloridos à visão da luz, sensibilidade à luz, cefaleia, enxaqueca e até vômitos. Vale ressaltar que tais sintomas precisam estar associados e não de maneira isolada, para o paciente não achar que uma fotofobia (sensibilidade a luz) seja sintoma de glaucoma. Outro ponto importante é que uma crise de glaucoma agudo pode ser confundido com uma crise de enxaqueca pelo paciente, nesses casos orientamos sempre à procura de um oftalmologista sempre que uma crise de enxaqueca venha associada a dor ocular intensa”, explicou a médica.

Ainda de acordo com a Dra. Juliana Franca, existem vários fatores de risco para o glaucoma dentre eles: fatores de risco predisponentes, como idade, sexo, agravos prévios a saúde, fatores facilitadores, como alimentação inadequada, condições habitacionais precárias, difícil acesso à assistência médica, fatores desencadeantes: exposição a agentes específicos (PIO) e fatores potencializadores como exposição repetidas e prolongadas a condições adversas que podem agravar uma doença já estabelecida.

“Dentre todos esses fatores de risco não observamos relação do glaucoma com as estações do ano, como verão ou inverno, pois o glaucoma não é uma doença considerada sazonal e sim uma patologia crônica de evolução contínua atemporal”, comentou ela.

Tratamento

O tratamento inicialmente na grande maioria dos casos é clínico com o uso de colírios que visam diminuir a PIO (pressão intraocular) e proteger o disco óptico. Nos casos mais avançados da doença ou naqueles casos mais particulares, a escolha é a cirurgia antiglaucomatosa. “Salientando que a cirurgia não é a cura da doença e sim um tratamento que necessita igualmente manter o acompanhamento constante ao especialista. O diagnóstico prévio evita a cegueira precoce, mas não a doença.

O paciente que apresentar a predisposição e fatores de risco para desenvolver a doença, poderá evoluir com a mesma independente do acompanhamento ao oftalmologista, o que irá garantir ao paciente uma melhor manutenção da visão e possivelmente sem evolução para a cegueira é o seu diagnóstico e tratamento precoce”, comentou a oftalmologista.
Por isso é tão importante o acompanhamento constante ao oftalmologista, pelo menos 1 vez ao ano, pois é através desse acompanhamento que o diagnóstico pode ser feito em seu estágio inicial já iniciando o tratamento e mantendo a qualidade de vida e da visão do paciente até o fim da vida.

Fonte: assessoria de imprensa.

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