Governo de Sergipe pede transparência sobre derramamento de óleo
Presidente da Adema questiona reais impactos causados à flora e à fauna
Brasil e Mundo | Por Agência Brasil 22/11/2019 05h19

Ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, o diretor-presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema-SE), Gilvan Dias dos Santos, pediu que o governo federal forneça, aos estados afetados pelo óleo que atingiu o litoral nordestino e parte do Espírito Santo, informações sobre os reais impactos causados à flora e à fauna, bem como sobre as ações adotadas para mitigar os prejuízos e manter a população ciente dos eventuais riscos à saúde.

Convidado para audiência pública na comissão parlamentar, criada para apurar as causas e localizar os responsáveis pelo ocorrido, Santos afirmou que as informações poderiam ser mais transparentes.

“Estamos padecendo com as informações desencontradas que são dadas pela União. Talvez pudessem ser mais transparentes”, disse. Segundo o diretor, todo o litoral sergipano foi afetado, o que levou o governo estadual a decretar situação de emergênciano no início de outubro.

“Houve uma redução, mas parte da substância oleosa continua chegando ao nosso litoral e não sabemos se estamos assistindo a uma diminuição ou se haverá um crescimento disso […] Não sabemos a origem deste lamentável ocorrido, e não estamos certos de que o fato gerador tenha cessado.”

O diretor da Adema-SE afirmou que, embora o Ministério do Meio Ambiente tenha informado que acionou o Plano Nacional de Contingência do governo federal, no início de outubro, tão logo a situação foi detectada, nem todos os procedimentos estabelecidos pelo documento, criado em 2013 para lidar com situações de emergência, vêm sendo cumpridos.

“A União insiste em dizer que deu início ao plano nacional. Mas, falando como representante do governo de Sergipe, posso dizer que estamos convictos de que não temos participado da aplicabilidade do plano.” Santos ainda  reclamou que, em várias ocasiões, o governo sergipano soube somente pela imprensa as medidas que seriam adotadas no estado.

“Talvez seja esta seja uma das grandes dificuldades ao tratar da situação: fazer com que os caminhos dos atores, reunidos para mitigar a situação, sejam encarados com muita irmandade. A dificuldade é ter uma interface mais transparente e próxima com o governo federal”, disse, destacando a necessidade de mais recursos para a pesquisa.

“Em uma situação de descontrole e degradação ambiental como a que estamos vivendo, tudo deve ser pesquisado por quem tem expertise, que são as universidades. Não sabemos quanto tempo esta substância esteve ou está na água. Por isso, precisamos que aqueles que têm experiência e conhecimento científico possam se somar a isto, a fim de darmos uma resposta à população. Ou seja, o que estamos pedindo são mais informações e transparência em todos os procedimentos.”

Procurados, o Ministério do Meio Ambiente, a Casa Civil e a Marinha não comentaram as afirmações do diretor-presidente da Adema-SE.

Mais Notícias de Brasil e Mundo
Anvisa regulamenta importação de remédios e vacinas por estados
11/03/2021  09h33 Anvisa regulamenta importação de remédios e vacinas por estados
Marcelo Camargo/Agência Brasil
11/03/2021  09h02 Com aumento de mortes por covid19, estados reforçam restrições
Japão lembra hoje 10 anos de terremoto, tsunami e acidente nuclear
11/03/2021  08h59 Japão lembra hoje 10 anos de terremoto, tsunami e acidente nuclear
Foto: Agência Brasil/Arquivo
10/03/2021  22h21 Covid-19: Brasil registra 2.286 mortes e 79 mil casos em 24h
Estudos mostram eficácia da CoronaVac contra três variantes do vírus
10/03/2021  17h08 Estudos mostram eficácia da CoronaVac contra três variantes do vírus