Jogador sergipano estava no avião com delegação da Chapecoense
Brasil e Mundo 29/11/2016 07h18 - Atualizado em 29/11/2016 11h15

Por F5 News

Autoridades colombianas confirmaram, nesta manhã de terça-feira (29) a morte de 76 pessoas na tragédia com o avião que levava a Chapecoense, entre elas o jogador sergipano Willian Thiego. 30 anos. A aeronave, da companhia aérea Lamia, da Venezuela, de matrícula CP 2933, levava 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e nove tripulantes, de acordo com a Aeronáutica Civil colombiana. O avião levava a delegação da Chapecoense para Medellin, onde iria disputar nesta quarta-feira (30) a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional da Colômbia. A queda ocorreu nas proximidades de Medellín, pouco antes de checar ao seu destino. Uma das possibilidades é o avião ter sofrido pane elétrica.

Revelado pelo Sergipe, Thiego despontou no cenário nacional com a camisa do Grêmio, onde fez 55 partidas e marcou um gol, entre os anos de 2007 e 2010. Ele ainda teve passagens por Kyoto Sanga, do Japão, Bahia, Ceará, Figueirense, Khazar, do Azerbaijão, e, por último, a Chapecoense, onde voltou a chamar a atenção e tem sido destaque do time catarinense. O atleta também estava em negociação com o Santos.

Na residência da sua família, no bairro Siqueira Campos, em Aracaju, é intensa a movimentação de parentes e amigos. Os familiares já receberam a confirmação da morte do atleta. "Estávamos o retorno dele para Aracaju no final do ano, mas na madrugada fomos surpreendidos por essa tragédia", disse um dos amigos do jogador, Carlos Alberto Bispo. 

Tragédia

Chovia muito na região no momento da queda. Uma das possibilidades é o avião ter sofrido pane elétrica, mas há a possibilidade de a aeronave ter sofrido pane seca também, que ocorre quando a aeronave fica sem combustível. O avião teria perdido o contato com a torre de controle às 22h15 (1h15 no horário de Brasília). O pedido de socorro foi emitido entre as cidades de Ceja e Lá Unión.

A aeronave fez uma parada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, depois de decolar do Brasil. Na emergência do voo, o piloto teria aberto os tanques de combustível para evitar a explosão da aeronave na queda. A região do acidente é montanhosa. O avião teria caído a 25 quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de destino e não explodiu, de acordo com informações de paramédicos.

O time brasileiro, rival do Palmeiras no fim de semana na partida que deu ao time paulista a conquista do título nacional, faria o primeiro confronto da decisão da Copa Sul-Americana com o Atlético Nacional, quarta-feira. A Confederação Sul-Americana já cancelou a partida e se colocou à disposição dos envolvidos.

A Aeronautica Civil da Colômbia informou em comunicado que a Força Aérea colombiana dispôs de um helicóptero, além de prestar apoio com bombeiros, ambulâncias e toda rede hospitalar disponível no local. Pelo Twitter, o prefeito Federico Gutiérrez Zuluaga lamentou o ocorrido, afirmando que após o acidente todos os protocolos de emergência foram ativados e equipes de resgate foram enviadas ao local. "É uma verdadeira tragédia o que ocorreu esta noite. Lamentamos esta grande perda de vidas humans e expressamos toda a nossa solidariedade com os familiares, amigos e fãs da equipe Chapecoense. Estamos dispondo de toda a colaboração necessária, técnica e humana, para atender a este acidente".

Em nota oficial, a Conmebol suspendeu todas as atividades envolvendo a Confederação, inclusive a partida que estava marcada para quarta-feira às 21h45 (de Brasília) em Medellín deve ser adiada. A Chapecoense emitiu uma nota no começo da manhã afirmando que iria aguardar o pronunciamento oficial das autoridade aéreas colombianas. "Que Deus esteja com nossos atletas, dirigentes, jornalistas e demais convidados que estão juntos com a delegação". Pouco depois foi publicada uma imagem com o brasão do time em cor preta, em sinal de luto. 

*Com informações do Correio Braziliense
Foto 1: Laion Espíndula/Globo Esporte
Foto 2: F5 News
Foto 3: reprodução redes sociais

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