Justiça decreta prisão de agressor filmado batendo em mulher em Ilhéus
Ele foi ouvido e liberado ontem, quando não havia mandado de prisão
Brasil e Mundo | Por Saullo Hipolito* 16/10/2020 08h16 - Atualizado em 16/10/2020 15h49

O Ministério Público da Bahia pediu na noite desta quinta-feira (15) a prisão de Carlos Samuel Freitas Costa Filho, ele é o homem que aparece em um vídeo compartilhado nas redes sociais agredindo uma mulher na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia. O agressor, inclusive, já acumulava dez passagens pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

Conforme informações da TV Bahia, na manhã de ontem (15), o agressor foi ouvido na Delegacia, por aproximadamente quatro horas, e liberado logo em seguida - ainda não havia mandado de prisão contra ele. Segundo o MP, Carlos contou que o vídeo é do final de junho, quando ele e a mulher do vídeo viviam juntos e namoravam há seis meses. Afirmou estar arrependido pelo seu comportamento.

Antes, o agressor já havia divulgado uma nota, com a repercussão do caso, afirmando que é "um jovem trabalhador", sem "envolvimento com algum tipo de prática criminosa". Ele disse estar pronto para cumprir a punição de acordo com a lei. Afirmou ainda que ele mantinha uma "relação muito conturbada, eivada de inúmeros casos de ciúme doentio, diversas agressões físicas e morais". Disse que no dia do vídeo estava voltando de uma festa, bêbado e que "perdeu a cabeça".

Quem também prestou depoimento foi a vítima que aparece na gravação. Ela afirmou que ambos viviam uma relação conturbada, com várias agressões, mas confirmou à polícia em Uruçuca, onde mora, a cerca de 40 km de Ilhéus, que já havia terminado o relacionamento.

Segundo o MP baiano, Carlos já foi denunciado pelo órgão em 2015 por crimes de violência doméstica, ameaça e cárcere privado cometidos contra outra mulher. Ele chegou a ser condenado em primeira instância nesse caso. Houve recurso da defesa, diz o MP, mas a condenação de cárcere privado foi mantida em agosto desse ano. O Tribunal da Justiça da Bahia (TJ-BA) reconheceu, contudo, a prescrição referente aos crimes de violência doméstica e ameaça.

Caso contra a mãe

Carlos Samuel tem histórico de agressões a namoradas e mulheres da família, incluindo a própria mãe. Em 2017, ela prestou queixa contra o filho na Deam.

Ao site Metrópoles, uma fonte afirmou que a mãe é a principal vítima de Carlos Samuel. Na época da denúncia, ele a teria obrigado a pegar R$ 3,7 mil com um agiota e depois sofrido ameaças de morte.

Em 2015, em uma das queixas, ele foi acusado de manter uma companheira em cárcere privado, além de agredí-la. De todos esses casos, só um, denunciado em 2016, levou a condenação de 1 ano de cadeia.

* com informações do Correio 24 horas

Edição de texto: Will Rodriguez
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