Líder do PR assina CPI da Corrupção e orienta votar contra o governo
Lincoln Portela reiterou posição de "apoio crítico" do PR ao governo
Brasil e Mundo 24/08/2011 15h38

O PR deu nesta terça-feira os primeiros sinais de como poderá se comportar agora que saiu oficialmente da base governista. Embora mantenha o discurso de defesa da presidente Dilma Rousseff, o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), assinou o requerimento da oposição para criar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção, para investigar os escândalos nos ministérios.

Além disso, o partido deu orientação contrária à do governo durante a votação de destaque sobre a Medida Provisória 532/11, que reestrutura os Correios, indicando que os deputados votassem contra mudanças na estatal. A MP foi aprovada pela Câmara nesta terça-feira.

“Damos ao governo um apoio crítico, então votamos de acordo com a consciência”, disse o líder do PR, que minimizou o impacto desses dois fatos e garantiu que não está caminhando para a oposição. “Eu continuo apoiando a presidente Dilma”, assegurou.

Sobre a adesão à CPI da Corrupção, Lincoln Portela disse que o fez por defender o esclarecimento das denúncias. Segundo ele, não se trata de uma orientação ao partido, mas de uma decisão pessoal.

“Entendi que essa CPI quer uma investigação limpa, sem querer prejudicar a governabilidade, mas trazer luz à sociedade brasileira das coisas que estão acontecendo. Eu seria incoerente se não assinasse”, disse Portela.

A CPI conta com 122 assinaturas de deputados, das 171 necessárias, e 21 adesões de senadores, das 27 necessárias. Portela garantiu que não vai retirar a assinatura. “Eu não retiro essa assinatura, nunca coloquei assinatura em CPI e retirei”.

Maior adesão

O PR é o partido que conta com maior número de adesões à CPI entre as legendas que não fazem oposição ao Governo Dilma (PSDB, DEM, PPS e Psol). Pelas informações disponíveis na página virtual que acompanha as assinaturas à comissão, cerca de 18, dos 41 deputados, do PR assinaram o requerimento, que também conta com adesões no PP e no PCdoB.

O líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), e o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), ressaltaram o caráter “simbólico” da adesão de um líder que defende a presidente.

O líder da Minoria, deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), avalia que a assinatura é a “constatação inequívoca” de que os parlamentares estão confiantes no resgate da posição do Parlamento. Segundo ele, a assinatura do líder do PR pode incentivar a adesão de novos governistas.

Equívoco

Já o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), caracterizou como um “equívoco” a adesão do líder do PR à CPI da Corrupção. Ele desqualificou o movimento da oposição e disse estar seguro de que a oposição não vai conseguir as assinaturas necessárias. “Para ter CPI, tem de ter fato determinado, não pode ser genérico. Quem é o investigado?”, indagou Vaccarezza.

 

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