Pretos e pardos ganham ,em média, 55,5% do rendimento dos brancos, diz IBGE
Brasil e Mundo 17/11/2017 15h51 - Atualizado em 17/11/2017 15h59

Os trabalhadores pretos e pardos são maioria entre os desempregados, domésticos e ambulantes e ganham menos do que os trabalhadores brancos do país. A conclusão é de levantamento sobre as características da força de trabalho dessa população divulgado nesta sexta (17).

De acordo com o IBGE, os pretos e pardos representaram, no terceiro trimestre, 63,7% da população com mais de 14 anos que busca emprego no país, somando 8,2 milhões dos 12,9 milhões de desempregos.

A taxa de desemprego dessa população no período foi de 14,6%, enquanto na população branca foi de 9,9%. Na média nacional, o desemprego ficou em 12,4%.

"É possível verificar que pessoas pretas e pardas estão sempre em desvantagem no mercado de trabalho. Têm maior dificuldade para entrar e, quando entram, recebem salários menores", comentou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Os brasileiros pretos e pardos empregados tiveram no período rendimento médio de R$ 1.531, o equivalente a 55,5% da renda mensal dos trabalhadores brancos, que foi de R$ 2.757. Foi a terceira maior diferença desde 2012, quando o IBGE iniciou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad).

No terceiro trimestre de 2013, o rendimento de pretos e pardos chegou a 57,6% do dos brancos, a menor diferença no período pesquisado. A maior foi no quarto trimestre de 2016, quando o percentual chegou a 44,7%.
Os dados do IBGE mostram que o percentual de pretos e pardos com carteira assinada pelo setor privado (71,3%) é menor do que a média (75,3%) e que, em geral, esse grupo é maioria em grupamentos econômicos que pagam menores salários, como Agricultura, Construção, Alojamento e alimentação e Serviços Domésticos.

Entre os domésticos, por exemplo, 66% dos trabalhadores no terceiro trimestre de 2017 se declararam pretos ou pardos. O mesmo percentual foi verificado entre trabalhadores ambulantes.

Pretos e pardos também são maioria entre os trabalhadores subutilizados, aqueles que trabalham em vagas com jornada inferior a 40 horas semanais e gostariam de trabalhar mais, representando 65,8% dos 26,8 milhões de brasileiros que se encontram nesta situação.

Por outro lado são minoria entre aqueles que se declaram como empregadores, representando apenas 33% dessa categoria.

"O Brasil já conhece essa diferença, mas é importante reforçar que ela existe que não vem se dissipando ao longo dos anos", concluiu Azeredo

Fonte: Folha de São Paulo

Mais Notícias de Brasil e Mundo
Anvisa regulamenta importação de remédios e vacinas por estados
11/03/2021  09h33 Anvisa regulamenta importação de remédios e vacinas por estados
Empresas poderão adquirir das farmacêuticas vacinas contra a Covid-19
Marcelo Camargo/Agência Brasil
11/03/2021  09h02 Com aumento de mortes por covid19, estados reforçam restrições
Saiba quais são as medidas adotadas em cada estado brasileiro
Japão lembra hoje 10 anos de terremoto, tsunami e acidente nuclear
11/03/2021  08h59 Japão lembra hoje 10 anos de terremoto, tsunami e acidente nuclear
Tremor de magnitude 9 na escala Richter deixou 18,5 mil mortos
Foto: Agência Brasil/Arquivo
10/03/2021  22h21 Covid-19: Brasil registra 2.286 mortes e 79 mil casos em 24h
Foi novo recorde de mortos, acima do registrado ontem (9), quando houve 1.972
Estudos mostram eficácia da CoronaVac contra três variantes do vírus
10/03/2021  17h08 Estudos mostram eficácia da CoronaVac contra três variantes do vírus
Análises estão sendo feitas pelo Butantan em parceria com a USP