Vacina contra coqueluche para gestantes será oferecida na rede pública
Vacinando a gestante protegemos o recém-nascido, diz especialista
Brasil e Mundo 11/06/2014 07h13

A vacina Tríplice Acelular (DTPa), que protege contra o tétano, a difteria e a coqueluche, será disponibilizada para gestantes na rede pública de saúde até o fim deste ano. De acordo com o Ministério da Saúde, a dose será oferecida de forma gratuita e preferencialmente a partir da 27ª semana de gestação.

O objetivo é reduzir a transmissão da coqueluche entre recém-nascidos e garantir proteção indireta nos primeiros meses de vida, quando o bebê ainda não teve a oportunidade de completar o esquema vacinal. A expectativa da pasta é que 3 milhões de brasileiras sejam beneficiadas com a medida.

A imunização contra a coqueluche já é oferecida para crianças na rede pública. O esquema vacinal começa com a pentavalente, administrada aos 2 meses, 4 meses e 6 meses. A criança recebe ainda dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deve ser administrado aos 15 meses e o segundo aos 4 anos.

Dados do governo indicam que até o dia 10 de maio foram registrados no Brasil 1.762 casos de coqueluche. O número indica uma redução de 40% nos casos, quando comparado ao mesmo período de 2013 (2.943). O ministério informou que acompanha, em conjunto com estados e municípios,  todos os casos suspeitos e confirmados da doença no país.

 

Vacinar gestante contra coqueluche protege o recém-nascido, diz especialista

Aplicar a vacina contra a coqueluche em mulheres grávidas, sobretudo entre a 27ª e a 35ª semana de gestação, ajuda a proteger o recém-nascido contra a doença. A orientação é da presidenta da Comissão de Vacinas da Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Nilma Neves.

Em entrevista à Agência Brasil, ela explicou que a gestante, uma vez imunizada, produz anticorpos que são passados ao feto pela placenta, daí a decisão do Ministério da Saúde de incorporar, ainda este ano, a vacina Tríplice Acelular (DTPa), que protege contra o tétano, a difteria e a coqueluche, na rede pública.

A especialista recomenda que as demais pessoas que têm contato frequente com o bebê, como pai, irmãos, avós e babá, também sejam imunizados, já que a doença é transmitida por meio da respiração e da fala.

Mesmo quem já recebeu a vacina quando criança deve ficar atento, uma vez que o prazo de validade é dez anos.

A estudante Laryssa Freire, 25 anos, não recebeu nenhum tipo de orientação em relação à prevenção da coqueluche quando estava grávida da primeira filha, Ana Luíza. A menina, aos 26 dias, apresentou febre e letargia. Chegou a ficar dez dias internada em uma unidade de terapia intensiva pediátrica.

“Ela já entrou entubada. Teve uma parada respiratória. Um raio-X dos pulmões mostrava manchas. Na época, não houve diagnóstico fechado mas, durante o acompanhamento dela, os médicos suspeitaram que poderia ter sido coqueluche”, contou.

Já a especialista em turismo Virgínia Álvares, 35 anos, foi imunizada contra a doença quando estava com 33 semanas de gestação. “Minha obstetra me orientou e tudo o que ela me mandava fazer eu fazia. Ela chegou a me avisar que a vacina ainda não estava disponível na rede pública”, disse.

O bebê Artur, hoje com 1 mês e meio, está protegido da doença graças à imunização da mãe. Mesmo assim, Virgínia conta que não descuida: “Não saio com ele para locais de muita concentração como shoppings e festas. Só para a casa dos avós. Pelo menos até a primeira dose da vacina ser aplicada”.

 

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