Zika deve contaminar 1,5 milhão de pessoas no Brasil, estima OMS
Brasil e Mundo 29/01/2016 11h00O continente americano deve ter entre 3 milhões e 4 milhões de casos de Zika em 2016. Desse total, 1,5 milhão de casos devem se dar no Brasil. A estimativa é da Organização Mundial da Saúde (OMS). A expansão é considerada “explosiva” pela Organização, que realizou nessa quinta-feira (29) um encontro com os países-membros em Genebra, na Suíça, para discutir a epidemia.
A expansão das infecções no Brasil repercutem no exterior principalmente em função das Olimpíadas, que ocorrem em agosto, no Rio de Janeiro. O jornal norte-americano New York Times, publicou ontem em seu portal na internet que há risco de o zika se espalhar para o mundo a partir do evento, que deve trazer ao país até de 500 mil pessoas, segundo estimativa da Embratur.
O cálculo de infecções é baseado no número de infectados por dengue, doença transmitida pelo mesmo vetor, em 2015. A organização considerou também a falta de imunidade da população para chegar a esse número.
Semana passada a organização alertou que o vírus Zika vai chegar a todos os países do continente americano, com exceção do Chile e do Canadá, onde não circula o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti. Até o momento, segundo a diretora-geral, 23 países reportaram casos da doença.
Transmitido por um mosquito bem conhecido dos brasileiros, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve osprimeiros registros feitos pelo governo em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução era benigna e que os sintomas são parecidos, porém, mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
Porém, no dia 28 de novembro de 2015 o Ministério da Saúde divulgou que, quando gestantes são infectadas por este vírus, existe a possibilidade virem a gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos.
A relação causal foi feita, entre outros motivos, porque, com a chegada do vírus no país, foi percebido aumento inesperado de nascimentos de crianças com a malformação, principalmente em locais onde há surto do Zika. Enquanto em 2014 foram anotadas 147 notificações, entre outubro de 2015 e janeiro de 2016 foram registradas 270.
Para a diretora-geral da OMS, há uma suspeita muito forte da relação causal entre o vírus Zika e casos de malformação congênita e síndromes neurológicas, mas ela não foi cientificamente estabelecida.
Na próxima segunda-feira (1º), um comitê de emergência da OMS se reúne para discutir a epidemia de zika. A OMS analisa se a epidemia do vírus se configura como emergência em saúde pública de importância internacional, como foi a do ebola no ano passado.
*Com informações da Agência Brasil e do Correio Braziliense


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