Apoio da Codevasf favorece crescimento da apicultura em Sergipe
Economia 15/02/2015 15h00

Os resultados do apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) à apicultura em Sergipe já começam a aparecer. Apicultores contemplados com colmeias e materiais de produção realizam as primeiras colheitas de mel e pólen e comemoram a renda extra obtida com a atividade. No estado, 266 famílias inseridas no CadÚnico do governo federal, com renda per capita de até R$ 77, foram contempladas com kits de apicultura até o final de 2014, fruto de um investimento de R$ 1,5 milhão da Codevasf.

Inserida no eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria, a ação resultou na distribuição de 2.660 colmeias de mel e pólen a apicultores de 11 municípios sergipanos. A meta é chegar, nos próximos meses, à marca de 300 famílias beneficiadas, somando um total de 3.000 colmeias fornecidas para inclusão produtiva. Cada kit familiar contém dez colmeias, cinco quilos de cera, duas vestimentas apícolas, um fumigador, um formão e uma carretilha.

A ação de inclusão produtiva beneficiou famílias como a de José Romildo Martins, apicultor do povoado Lagoa dos Bichos, em Itabi (SE). Contemplado com um kit familiar em novembro de 2013, ele disse estar animado com a produção e já faz planos para o próximo período de colheita, que deve se iniciar em agosto. "Estou bem satisfeito com as minhas colmeias. É uma renda a mais que vem para ajudar o nosso trabalho na roça. Quero ver se eu faço uma reforma lá em casa com esse dinheiro", contou o produtor.

Em Japaratuba (SE), os resultados surpreendem os apicultores. Desde o final de dezembro, já foram realizadas três colheitas de mel. De acordo com a Associação dos Empreendedores do Arranjo Produtivo da Apicultura e Meliponicultura do Vale do Japaratuba (Apivale), que dá suporte aos apicultores locais, a produção chegou a uma tonelada e meia e deve aumentar até o início de março, quando se encerra a safra atual. No município, 18 famílias foram contempladas com os kits fornecidos pela Codevasf.

O presidente da Apivale, Jaime Ribeiro da Silva, disse que a produção aumentou em relação à safra do ano passado, a primeira após a doação dos kits familiares. "Estamos muito gratos pelo apoio da Codevasf aos apicultores da nossa região. É muito importante esse trabalho envolvendo os pequenos produtores, o governo e as entidades comunitárias, que aumentou a renda das famílias", declarou. Cada família consegue arrecadar, em média, R$ 1.800 por colheita, acrescenta.

Retorno rápido

O superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Said Schoucair, afirma que os investimentos em apicultura trazem um retorno rápido aos produtores. “Com essa ação, a Codevasf oferece uma alternativa econômica importante para centenas de famílias, que conseguem produzir mel e pólen a um custo pequeno e com um rendimento interessante. É um complemento que faz a diferença para esses produtores”, declara.

A contratação de uma nova equipe de apoio técnico para a execução de ações do Plano Brasil Sem Miséria contribuirá para a Codevasf realizar novas ações na área de apicultura. “Com esse apoio, teremos mais facilidade para finalizar a doação de colmeias, kits e equipamentos”, afirma Thompson Ribeiro, chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf no estado. A equipe de apoio técnico, contratada por R$ 358,8 mil, iniciou os trabalhos no dia 4 de fevereiro.

Além de fornecer kits familiares, a Codevasf já contemplou 13 entidades comunitárias com equipamentos para o beneficiamento do mel e do pólen. As entidades dão suporte aos apicultores familiares, promovem o associativismo e o cooperativismo, beneficiam os produtos apícolas, mantendo a qualidade e agregando valor à produção. Nos próximos dias, três entidades comunitárias nos municípios de Monte Alegre de Sergipe, Canindé de São Francisco e Pacatuba serão contempladas com novos equipamentos.

Desde o início dos trabalhos, em 2012, a Codevasf já investiu mais de R$ 1,5 milhão na aquisição de materiais de produção, equipamentos de beneficiamento e contratação de equipe de apoio para cadastramento e seleção de beneficiários. Os recursos são provenientes da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI). A ação faz parte do programa Desenvolvimento Regional Territorial Sustentável e Economia Solidária, que integra o Plano Brasil Sem Miséria.

Cadastro Único

A base de dados que identifica e caracteriza famílias de baixa renda é o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Trata-se de um instrumento que permite conhecer a realidade socioeconômica dessas famílias, trazendo informações de todo o núcleo familiar, das características do domicílio, das formas de acesso a serviços públicos essenciais e também dados de cada um dos componentes da família.

A partir da consolidação feita pelo governo federal dos dados coletados no CadÚnico, o poder público pode formular e implementar políticas específicas, que contribuem para a redução das vulnerabilidades sociais a que essas famílias estão expostas. Baseado nessas informações, o governo federal instituiu o Plano Brasil sem Miséria e definiu o principal público a ser beneficiado com essas ações: famílias que se encontram em situação de extrema pobreza e com renda per capita mensal de até R$ 77.

O CadÚnico é coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), devendo ser obrigatoriamente utilizado para seleção de beneficiários de programas sociais do governo federal.

Fonte: Asscom/Codevasf

Foto: Bruno Rocha/Codevasf

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