Aracaju tem a cesta básica de menor preço em fevereiro, aponta Dieese
Carne bovina, óleo e leite integral foram os itens que apresentaram queda no preço Economia | Por Laís de Melo* 08/03/2021 10h22 - Atualizado em 08/03/2021 16h09Conforme dados apresentados na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre as 17 capitais avaliadas, Aracaju teve a cesta básica de menor preço no mês de fevereiro. Com variação de -1,10% no período entre janeiro e fevereiro, o valor da cesta é de R$ 445,90 na capital sergipana.
Alguns alimentos essenciais tiveram queda significativa, a exemplo da carne bovina de primeira, que apesar de registrar alta em 12 capitais, em Aracaju reduziu -2,25% do valor. Além disso, o óleo de soja também teve queda, e a maior aconteceu na capital sergipana, com redução e -7,54% no preço, seguido de Fortaleza (-6,35%) e Salvador (-5,29%).
“A colheita do grão elevou a oferta de soja. Além disso, a demanda foi menor devido à redução na renda das famílias por causa do fim do auxílio emergencial e dos altos patamares do valor médio nos meses anteriores”, aponta Dieese.
Aracaju também registrou a queda mais expressiva no preço do litro de leite integral, com redução de -5,79%. O preço deste produto também foi menor em outras 10 capitais em fevereiro, em comparação a janeiro, com destaque também para Porto Alegre (-4,93%), Florianópolis (-4,51%) e Recife (-4,39%). Em Vitória e Belém, o preço não variou. De acordo com o Dieese, o fim do auxílio emergencial também influenciou para uma menor demanda interna por derivados lácteos, e consequentemente fez cair a demanda de leite por parte das indústrias de laticínios também.
O item que registrou aumento na cesta básica aracajuana foi o açúcar, com alta de 4,98% no preço, colocando a capital em segundo lugar entre as 13 cidades que registraram aumento no kg do produto, ficando atrás somente de Belo Horizonte (7,42%), e seguido de Salvador (3,91%), Recife (3,63%) e Curitiba (3,32%). “O valor médio não variou em Florianópolis e Curitiba; e, em Campo Grande (-1,52%) e Fortaleza (-1,29%), houve queda nos preços. O Centro-Sul, maior produtor de açúcar do país, vive período de entressafra. As usinas negociaram pequenos lotes para manter a oferta reduzida e o preço elevado. As exportações em alta também ajudam a pressionar os preços no mercado nacional”, informa o Dieese.
Ainda conforme a pesquisa, entre janeiro e fevereiro deste ano, o custo médio da cesta básica de alimentos diminuiu em 12 cidades e aumentou em outras cinco. As maiores reduções foram registradas em Campo Grande (-4,67%), Brasília (-3,72%), Belo Horizonte (-3,16%), Vitória (-2,46%) e Goiânia (-2,45%). A capital onde ocorreu a maior alta no mês foi João Pessoa (2,69%), mas a cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 639,81), seguida pela de São Paulo (R$ 639,47), Porto Alegre (R$ 632,67), Rio de Janeiro (R$ 629,82) e Vitória (R$ 609,27).





