Aracaju tem deflação de 0,30% em agosto, influenciada pela educação
A queda de preços pode representar desaceleração da economia; entenda
Economia | Por F5 News 09/09/2020 14h20

Em meio ao cenário de retomada das atividades paralisadas por conta da pandemia do novo coronavírus, os preços da economia de Aracaju recuaram no mês de agosto. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), oficial de inflação do País, saiu de um aumento de 0,31% em julho para uma deflação de 0,30% no oitavo mês do ano, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9). 

O grupo com maior impacto no IPCA da capital sergipana foi o de Educação, com -5,76% de variação. Segundo o IBGE, a deflação em agosto só não foi maior porque houve alta nos preços em outros grupos. Esse resultado foi influenciado pela queda dos preços de cursos regulares, especialmente nos segmentos do ensino fundamental, pré-escola e ensino médio. 

Os gastos com vestuário também registraram decréscimo de -2,31 no mês.

Já o grupo Transportes apresentou alta de 0,94%, puxada sobretudo pela variação de 2,78% no preço dos combustíveis de veículos. Entre eles, o maior impacto veio da gasolina, que subiu 2,72% em agosto.

O grupo Saúde e cuidados pessoais registrou alta de 0,60% em Aracaju. O principal destaque no grupo foram os perfumes, cujos preços tiveram alta de 3,40%.

Entenda a deflação

Embora represente uma queda momentânea nos preços, a deflação pode ser um sinal de alerta para problemas estruturais da economia, tornando-se um fator para a desaceleração do consumo já existente. 
O fenômeno não deve ser confundido com a queda da inflação: enquanto em cenários de menor inflação o índice sobe em velocidade mais lenta, durante a deflação a variação é negativa - ou seja, os preços caem de fato. 

Embora represente um incentivo ao consumo a curtíssimo prazo, a deflação não deve ser vista como um sinal positivo na economia. Isso porque ela também pode indicar que o poder de compra dos consumidores tenha caído tanto, seja por perdas salariais ou desemprego, que eles não conseguem mais arcar com os custos de produtos que antes eram rotineiros. 
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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