Cesta básica em Aracaju sofre um aumento de quase 3%
Carne bovina de primeira e feijão carioquinha estão entre as principais variações Economia | Por Saullo Hipolito 12/05/2020 15h35 - Atualizado em 12/05/2020 19h38O preço médio da Cesta Básica de Alimentos em Aracaju sofreu nova variação de acordo com Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Com variação de 2,86%, o valor médio do kit subiu para R$ 401,37.
Apesar da quebra na amostra, devido às dificuldades de coleta de dados neste momento de pandemia, os dados apurados revelaram tendências semelhantes de alta ou queda em todas as capitais, coerência que permite a divulgação das informações coletadas.
Conforme apurado, Aracaju e mais 15 capitais tiveram aumento nos valores do conjunto de alimentos em relação ao preço de março. São Paulo ficou com a cesta mais cara, custando R$ 556,25, alta de 7,28% em relação a março. Com base nesta cesta de maior valor, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 4.673,06, ou seja, 4,47 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00.
Apesar de ter chegado a R$ 401,37, a cesta básica em Aracaju segue com o menor preço entre as capitais. No ano, o conjunto de alimentos variou 14,04% e, em 12 meses, teve queda de 0,82%. Além de Aracaju, Fortaleza foi a outra capital que apresentou queda na variação em 12 meses, atingindo 3,25%.
Variações
Entre as principais variações, em Aracaju, está a carne bovina de primeira com registro de 7% nas oscilações de preço. Outro alimento que variou entre março e abril foi o feijão tipo carioquinha, característico no prato da população da capital sergipana. Já o leite, apresentou elevação de valor em 15 cidades.Por causa da pandemia, os preços foram coletados majoritariamente em padarias, onde realizar a pesquisa por telefone foi mais fácil e onde o valor de comercialização tende a ser maior do que nos supermercados. A alta registrada, no entanto, tem grande relação com a redução da oferta do produto devido à entressafra e à disputa pela matéria-prima por parte das indústrias de laticínios, o que elevou o preço pago aos produtores de leite e encareceu o derivado UHT nos estabelecimentos comerciais.





