Com 196 mil desempregados, Sergipe registra segunda maior taxa do país
Estado registrou alta de 4,3 pontos percentuais, chegando a 19,8% no 2º trimestre Economia | Por Aline Aragão 28/08/2020 17h15Cerca de 196 mil pessoas estão desocupadas ou sem emprego em Sergipe, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação em Sergipe subiu 4,3 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre deste ano, chegando a 19,8% no segundo trimestre de 2020. Os números colocam Sergipe em segundo lugar entre os estados brasileiros com maior taxa de desempregados, atrás apenas da Bahia, que registrou 19,9%. No mesmo período - segundo trimestre deste ano -, a média verificada no país foi de 13,3%.
Segundo no IBGE, embora a população desocupada ou sem emprego no estado em Sergipe tenha aumentado em cerca de 30 mil pessoas em relação aos trimestres utilizados para comparação, "não apresentou variação estatisticamente significativa, o que sugere que a maioria das pessoas que perderam ocupação no período não iniciou busca por emprego entre abril e junho de 2020, passando a compor a população fora da força de trabalho".
Além de Sergipe, as maiores altas no desemprego foram em Mato Grosso do Sul (3,7 p.p), em Rondônia (2,3 p.p) e no Rio de Janeiro (1,9 p.p.).
Em 12 unidades da federação, o desemprego superou a média nacional, de 13,3%. O país tinha 12,8 milhões de pessoas sem trabalho no segundo trimestre. A taxa de desocupação aumentou 1,1 p.p. em comparação com o primeiro trimestre de 2020 (12,2%), e 1,3 p.p. frente ao segundo trimestre de 2019 (12,0%).
O resultado para Sergipe também é maior em relação ao mesmo período do ano passado. O estado registrou alta de 4,5 pontos percentuais. Houve aumento também na taxa de desocupação de Rondônia (3,9 p.p.) e Minas Gerais (3,4 p.p.). Amapá e Pará apresentaram queda neste índice, de 5,4 e 2,1 p.p, enquanto nas demais unidades da federação houve estabilidade.
De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade desocupadas (que não trabalham e estão procurando trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).
Na taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada), Sergipe aparece em quarto lugar, com 45,1%. A média do país é de 29,1%. O Piauí (47,8%) tinha a taxa mais alta, seguido por Alagoas (46,4%), Maranhão (45,8%).
Outros dados
O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no segundo trimestre de 2020 foi de 5,6%, aumento de 1,2 p.p. na comparação com o primeiro trimestre deste ano.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada era de 77,7% do total no setor privado do país. Os menores índices foram observados no Maranhão (53,7%), Piauí (58,1%) e Pará (60,2%) e os maiores em Santa Catarina (90,5%), Paraná e São Paulo, ambos com 83,2% de trabalhadores formais na iniciativa privada.
O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria era de 26%. Já a taxa de informalidade ficou em 36,9% da população ocupada.
Em relação ao tempo de procura, no segundo trimestre de 2020, 7,4 milhões de pessoas buscavam ocupação de um mês a menos de um ano, com alta de 27,9% com relação ao mesmo período de 2019. Outros 2,5 milhões estavam procurando emprego há mais de dois anos, queda de 26,5% no comparativo com o segundo trimestre de 2019.





