Com ocupação máxima de 10%, setor hoteleiro tem situação crítica em SE
Com quartos vazios e funcionários em férias, empresários cobram soluções
Economia | Por Will Rodriguez 24/03/2020 14h46

A situação no setor hoteleiro de Sergipe é cada dia mais crítica com a crise provocada pelo novo coronavírus. Com hotéis praticamente vazios e sem poder receber novos hóspedes, estabelecimentos começaram a pensar em fechar as portas temporariamente, considerando uma ocupação média de 10% nos grandes empreendimentos e que não passa dos 5% em hotéis e pousadas menores da capital sergipana. 

De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Sergipe (ABIH-SE), Antônio Carlos Franco, por enquanto, os estabelecimentos irão dar férias aos funcionários, mais adiante férias coletivas e numa terceira medida, demissões. “Com esse quadro e as incertezas do futuro, mais de 80% dos hotéis de Sergipe irão fechar suas portas”, afirma. 

Na semana passada, a entidade protocolou ofícios solicitando medidas urgentes por parte do governo estadual e da prefeitura de Aracaju para amenizar as consequências negativas da crise na rede hoteleira. 

Em relação ao Estado, a ABIH-SE solicitou a abertura de uma linha de crédito especial junto ao Banese para o setor; revisão do consumo mínimo contratado junto à Deso e programa de parcelamento; redução temporário do ICMS na conta de energia; apoio junto à Energisa na revisão de demanda contratada pela empresa e programa de parcelamento. 

Para o município, duas pautas principais foram encaminhadas: a suspensão do parcelamento do IPTU e reprogramação do pagamento; e suspensão do ISS, também com reprogramação do parcelamento. 

O presidente da ABIH-SE estima um quadro negativo para os próximos 90 dias. “A CVC cancelou fretamentos até meados de abril para Sergipe. Além disso, a orientação é que as pessoas não viajem, situação que se agrava com a escassez de voos e problemas na malha aérea”, adverte Sobrinho. 

O que dizem os governos

Ao F5 News, a Secretaria do Turismo de Sergipe disse que os pedidos da ABIH estão sendo sendo analisados e, assim que houver uma posição, será repassada para a entidade. 

Já o secretário de Finanças de Aracaju, Jeferson Passos, declarou que a capacidade do município de abrir mão de receita no contexto atual, em que precisa alocar mais recursos para a saúde, se torna limitada. “Os pleitos foram recebidos, estão sendo analisados, ao mesmo tempo que os municípios estão pleiteando que o governo federal adote medidas de garantias de manutenção de receita e alocação de recursos aos municípios para poder fazer frente à pandemia”, afirmou. 

Ainda segundo Passos, estão sendo estudadas medidas de prorrogação de prazo de vencimento de obrigações, prorrogação do prazo de validade de certidões, entre outras medidas de simplificação das obrigações acessórias das empresas.

 

*Com informações da ABIH-SE
 

Edição de texto: Monica Pintosh
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