Com queda de 3%, cesta básica de Aracaju é a sexta mais barata do país
Leite ficou 15% mais caro e preço do tomate despencou 20% em março Economia 13/04/2016 07h00Por Will Rodriguez
A inflação sobre os produtos de gêneros alimentícios pesou menos no bolso do consumidor aracajuano, em março deste ano. O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o preço da cesta básica em Aracaju caiu 3,5% no terceiro mês de 2016 e fechou com custo médio de R$ 349,32, o sexto menor entre as 27 capitais pesquisadas. No entanto, no acumulado do ano, o conjunto dos 12 bens alimentícios já ficou 14,25% mais caro, a segunda maior alta do país.
De acordo com o Dieese, o preço do leite disparou na capital sergipana com uma elevação de 15% por conta do período de entressafra e o alto custo de produção que também vem reduzindo a oferta e influenciando no valor dos derivados. Já o quilo do tomate chegou a custar 20% a menos. “O excesso de oferta de tomate devido à colheita, apesar da baixa qualidade, empurrou o preço para baixo na maior parte das cidades”, explicou o departamento.
Outros produtos que contribuíram com a retração foi a carne, o pão francês e a banana. Os demais itens tiveram uma alta que variou entre 0,3 e 7 pontos percentuais, com destaque para o café vendido em Aracaju que teve a maior elevação no país (7,2%). “A colheita dos grãos começou no final de março e deve chegar ao mercado em abril. O clima também atrasou a maturação dos grãos”, justifica o Dieese.
O trabalhador aracajuano cuja remuneração equivale ao salário mínimo (R$ 880,00) necessitou cumprir, em março, jornada de 87 horas e 20 minutos, menor do que as 90 horas e 31 minutos registradas em fevereiro, para adquirir a cesta.
Em março de 2016, o custo da cesta em Aracaju comprometeu 43,15% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em fevereiro, o percentual exigido era de 44,72%.
O Dieese calculou que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.736,26 ou 4,25 vezes mais do que o mínimo atual. Em fevereiro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.725,01 ou 4,23 vezes o piso vigente.


Comparação é com o mesmo mês de 2020; setor espera Páscoa com 15% a mais nas vendas

Governo pagaria R$ 500 por mês para evitar demissões

IBGE diz que taxa é menor que a de janeiro: 1,99%

Trabalho será realizado em junho e tem a previsão de perfuração de até 11 poços

Soja teve aumento e continua batendo recordes