Comércio começa a reabrir com movimento tímido no centro de Aracaju
Estabelecimentos adotam cuidados para conquistar a confiança dos consumidores Economia | Por Will Rodriguez 29/06/2020 12h35O primeiro dia efetivo do plano de retomada econômica do Governo de Sergipe foi de movimento tímido no centro de Aracaju. Com horário reduzido, algumas poucas lojas e estabelecimentos de serviços reabriram nesta segunda-feira (29), cercados de uma série de cuidados sanitários para prevenir a disseminação do coronavírus. Como o número de casos continua em alta no estado, o desafio é convencer consumidores de que é seguro voltar às compras e serviços de rotina neste momento.
Na principal zona comercial da capital sergipana, diferente de outros dias em que o funcionamento das lojas estava mais restrito, a reportagem do F5 News encontrou um volume menor de pessoas. Dentro de lojas de eletrodomésticos e cosméticos, por exemplo, menos clientes ainda. Além de filas para limitar a quantidade de pessoas dentro dos estabelecimentos respeitando o necessário distanciamento social, álcool gel na entrada e máscara são itens indispensáveis. O expediente deve ocorrer das 9h às 16h.
Após mais de cem dias fechados ou atendendo apenas casos de urgências, consultórios de odontologia e outras especialidades também puderam retomar suas atividades hoje. O cirurgião-dentista Cauã Terra, proprietário de uma rede de clínicas no centro da capital, acredita que a retomada deve implicar numa mudança da percepção dos pacientes em relação ao protocolo sanitário que já era adotado nos atendimentos.
“Antes da pandemia já nós tínhamos um protocolo na área da saúde que não muda. A principal mudança foi o distanciamento social e um olhar diferente do paciente em relação à biossegurança. Além disso, a rotina de higienização dos ambientes e o uso de EPIs foram ampliados, temos álcool gel e aferição da temperatura de cada pessoa logo na entrada, além de uma anamnese com o paciente para saber se ele apresentou algum sintoma, ou teve contato com a alguém do grupo de risco, por exemplo”, afirmou Cauã Terra ao F5 News.O especialista explica que os cuidados eletivos não podem ser descartados mesmo em meio à pandemia. “A saúde começa pela boca. Os pacientes precisam estar cientes de que não é porque estamos em um momento diferente de quarentena que ele não deve cuidar da saúde, pois se deixar de pra lá, há o risco de originar problemas maiores”, afirma Cauã, para quem a volta da demanda de clientes de modo geral dependerá da capacidade dos estabelecimentos em assegurar qualidade e segurança dos produtos e serviços.





