Conheça as cinco cidades que mais geram emprego em Sergipe
Apesar da crise, municípios mantém criação de postos de trabalho Economia 31/10/2015 13h00Por Will Rodrigues
Em meio à perda de 4.533 vagas de trabalho no estado em 2015, cidades pelo interior de Sergipe vão na contramão da crise e registram saldo positivo de vagas com carteira assinada. Com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, F5 News encontrou os municípios que lideraram a geração de empregos nos primeiros noves meses deste ano, apesar do desempenho tímido.
O ranking reúne apenas as treze cidades que possuem mais de 30 mil habitantes. Quatro das cinco que registram saldo positivo de emprego estão no agreste, sul e centro-sul do estado - apenas uma delas está na região metropolitana de Aracaju. As outras seis estão com déficit de vagas, que pode ser resolvido se a atividade econômica continuar no ritmo de recuperação que apresentou nos últimos meses de agosto e setembro. No ranking, Aracaju aparece como o município que teve o pior desempenho. Confira:
O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, Francisco Dantas, acredita que a situação de Sergipe é confortável quando comparado às demais unidades da federação. Para ele, a expectativa é de que os dados referentes a outubro apresentem a abertura de pelo menos 1.500 novos postos de trabalho. “Se você levar em conta que o Brasil perderá cerca de um milhão de empregos e Sergipe tenha um déficit ou superávit mínimo, temos que considerar que Sergipe, com a geração de emprego, se saiu muito bem”, defende.
O governo tem apostado numa política de incentivos fiscais e simplificação do ambiente de negócios para atrair empreendimentos, o que, segundo o secretário do Desenvolvimento, aliado à localização geográfica, tem dado bons resultados. Para os próximos anos, a palavra de ordem é descentralização. O planejamento estratégico até 2018 quer incluir empreendimentos de pequenos e médios portes também em cidades menores do interior.
“A Sedetec está em contato com mais de 100 empresas novas com empreendimentos nas áreas de confecção, cerâmica, fertilizantes, embalagens plásticas, embalagens de alumínio, bebidas, mobiliário, calçados, fabricação de móveis e colchões, laticínios, entre outros, que levarão desenvolvimento e renda para os municípios sergipanos, onde serão instalados, e contribuídos para fixar os moradores em seus locais de origem”, disse o secretário Francisco Dantas.
F5 News pediu também que o secretário apresentasse as perspectivas do governo para a geração de empregos nos próximos anos. Veja as promessas:
Este ano duas grandes promessas para a economia sergipana foram suspensas. Com problemas financeiros, a Petrobras decidiu adiar o início da operação da maior descoberta de petróleo feita no Brasil, após o pré-sal. A instalação da primeira plataforma em águas profundas sergipanas era prevista para 2018, mas só deve ocorrer em 2020. A Companhia Vale também interrompeu a implantação do projeto Carnalita - um investimento de R$ 4 bilhões para a exploração do minério do qual se extrai o cloreto do potássio, matéria prima para a produção de fertilizantes. Este empreendimento deveria gerar quase quatro mil empregos diretos e indiretos no interior.
Entre os motivos para o adiamento, técnicos dos setores apontam a ausência de infraestrutura. Por isso, gestores municipais também têm sua parcela de responsabilidade. “Os prefeitos têm demonstrado interesse com novos negócios. Eles podem, por exemplo, oferecer terrenos e questões tributárias no ISS quando se tem prestação de serviços. Também aprendemos muito com o projeto carnalita que, se tivesse tido mais agilidade por parte dos municípios que tinham os legítimos interesses econômicos, era possível que já tivesse iniciado. Mas tudo isso serve de aprendizado”, pondera Dantas.Diante do cenário desafiador, mas otimista, uma questão pode barrar a geração de emprego: a escassez de profissionais qualificados. Para aqueles que não querem ficar para trás, boas alternativas são os Serviços Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI) que ofertam cursos gratuitos. “Em momentos de contenção de custos, as organizações buscam cada vez mais profissionais já preparados, pois se ele precisar de mais preparo após ser empregado, a contratação acaba sendo mais cara. Por isso, chegar ao mercado o mais pronto possível deixa o profissional mais perto de conquistar uma vaga”, analisa o consultor em gestão de pessoas, Murilo Cavellucci.
Série
Esta é a quarta reportagem da série que F5 News publica esta semana sobre o cenário atual do mercado de trabalho sergipano. Confira as outras matérias:
Fechamento de empresas não é culpa só da crise, analisa economista
Contratações temporárias devem cair 8% no comércio aracajuano
Como driblar a redução de vagas no mercado de trabalho


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