Crise econômica em Sergipe atinge ponto mais crítico da história, afirma Sefaz
Economia 19/09/2016 18h00

Por F5 News

Os impactos da crise econômica alcançaram o ponto mais crítico da história em Sergipe neste mês de setembro, segundo análise da própria Secretaria da Fazenda (Sefaz). Os dados econômicos do governo, no entanto, têm sido contestados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese).

Em nota, a Sefaz afirma que o fechamento do primeiro semestre do ano revela o panorama da situação econômica e aponta projeções nada animadoras. “Sergipe obteve o pior desempenho entre os nove Estados da região Nordeste e o segundo pior do país em relação às vendas do comércio varejista, registrando uma queda de -14% no período de janeiro e junho deste ano. Considerando os últimos 12 meses, o recuo em Sergipe foi de -11%, terceiro pior desempenho entre a região”, destaca a pasta.

A desaceleração da economia tem reflexo imediato na piora do nível de emprego e no poder de consumo. Com isso, o impacto na arrecadação torna-se inevitável. Conforme os dados da Sefaz, este mês o valor do repasse da primeira parcela do Fundo de Participação dos Estados (FPE) sofreu uma queda real de R$ 52 milhões em relação à mesma parcela do mês passado. “Para este ano, as perdas de Sergipe vão atingir R$ 300 milhões”, calcula a Sefaz.

Numa tentativa de forçar a União a viabilizar um socorro financeiro, o governo do Estado sinaliza para a decretação de estado de calamidade financeira ainda este ano, sob a justificativa da necessidade de reorganização das contas com fornecedores e do pagamento do funcionalismo. Entretanto, segundo a Sefaz, “a posição do Governo Federal é de que não irá reabrir nenhuma negociação com os Estados”.

Por outro lado, os dados da Sefaz são contestados pelo Dieese. Segundo os cálculos do departamento, as receitas cresceram mais do que as despesas no primeiro semestre, somando quase R$ 60 milhões a mais nos cofres. “Há dinheiro, mas o governo atrasa pagamentos porque prioriza outros compromissos e não os salários dos servidores”, defendeu o economista Luiz Moura, em recente encontro com professores aposentados, que ainda não receberam o complemento dos salários do mês de agosto. 

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