Economizar: uma proposta difícil de ser concretizada
Pesquisa revela que maioria dos brasileiros não poupa dinheiro
Economia 10/06/2013 17h30

Por Fernanda Araujo

Atualmente economizar não está nos planos da maioria dos brasileiros. É o que revela uma pesquisa do Ibope, encomendada pela Serasa Experian, sobre hábitos financeiros entre os brasileiros. O resultado aponta que 69% não poupam e 38% dos entrevistados preferem o pagamento parcelado, independente de classe social, renda ou escolaridade.

Ainda de acordo com a pesquisa, 35% dos brasileiros sentem mais prazer em gastar de imediato do que em poupar e 30% dos entrevistados confessam comprar por impulso. Além disso, mais da metade desconhece as vantagens de investir em aplicação financeira.

Apesar da singela vantagem dos descontos do pagamento à vista, Emerson Cardoso, no momento desempregado, admite parcelar tudo no cartão de crédito. Para ele, nunca houve preocupação em poupar dinheiro. “Gasto mais ou menos R$ 800 e ganhava um salário mínimo. Nunca me interessei em fazer poupança. Hoje me arrependo demais por isso, se eu tivesse poupado estaria melhor hoje, mas daqui em diante eu quero poupar”.

Gastando mais do que têm, muitos brasileiros não se preocupam muito o dia de amanhã. Porém, segundo a pesquisa, na região Sul, moradores declaram ter mais controle sobre as finanças do que os que vivem em outras regiões. “Às vezes sou compulsiva e isso tem trazido problemas como dívidas. Ganho 560 por mês, e gasto 600”, reconhece a manicure e cabeleireira Ivaneide Nunes.

A veterinária recém formada Juliene Oliveira, apesar de ter conta poupança, afirma gastar em média R$ 2 mil por mês, e segue pedindo emprestado devido a imprevistos que surgiram. “No momento agora não consigo poupar nada porque as dívidas estão ultrapassando meu orçamento. Dívidas que não esperava. Tive que tirar das economias pra pagar por causa de negócio que não deu certo”.

Outro que gasta mais do que poupa é o jornalista Messias Libório e também admite ser um pouco consumista e comprar mais por impulso do que por necessidade. “Pago parcelado. Dá uma falsa sensação de alívio,mas na realidade apenas facilita o descontrole. Eu tento não parcelar muito”. Segundo ele, o gasto por mês gira em torno de R$ 2 mil, apesar disso, se preocupa em fazer investimentos. “Já tive aplicações, tanto em poupança, quanto em fundos e CDB. Hoje o único investimento que tenho são duas cotas de consórcio”, revela.

 “Poupar? Que palavra é essa? Gasto tudo. O amanhã é uma incerteza e o que tenho hoje uso para suprir as necessidades que tive no passado. Prefiro gastar com coisas que me propiciem uma vida sem tantos apertos do que guardar. Compro, me cuido, faço viagens, tenho plano de saúde e o resto, a gente trabalha mais para conseguir suprir”, diz a bacharel em Serviço Social Lucivânia Ferreira, há sete meses desempregada. Ela acrescenta que se for um bem com valor acima de R$ 500 parcela e, sendo o valor menor, paga à vista.

Foto: arquivo F5

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