A crise do coronavírus já começa a mostrar consequência severas na vida das micro e pequenas empresas sergipanas. Uma pesquisa do Sebrae aponta que 81% desses empreendimentos registraram queda no faturamento, e mais da metade deles precisarão fechar o negócio nos próximos três meses caso a situação se prolongue.

Outro estudo do Sebrae mostra que 105 mil pequenos negócios estão sendo impactados pela crise em Sergipe . Os setores mais prejudicados são os da construção civil, alimentação fora do lar, moda e varejo tradicional. 

“As micro e pequenas empresas são as mais afetadas nesse momento de crise. Os números revelam que a capacidade de sobrevivência desses estabelecimentos está diminuindo com o passar dos dias e é preciso que os gestores públicos entendam que a situação vai piorar ainda mais se as políticas de incentivo não tiverem celeridade”, afirma o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado. 

O levantamento também mostrou que cinco em cada dez microempreendedores já identificaram a necessidade de pedir empréstimo para manter seus negócios em funcionamento sem gerar demissões nos próximos meses. 

De acordo com a pesquisa, o custo com aluguel é o que mais tem pesado no dia a dia das empresas (46%), seguido pelas despesas com matéria-prima (44%) e impostos (40%). As despesas com pessoal, por sua vez, representam o principal custo para 36% dos empresários.

Crédito 

O Sebrae vai destinar 50% de sua arrecadação nos próximos meses para ampliar o crédito aos pequenos negócios brasileiros afetados pela crise causada pela pandemia. A ação permitirá a concessão de aproximadamente 12 bilhões de reais em crédito para micro e pequenos negócios.

Já o governo federal começou a liberar nesta segunda-feira (6) uma linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas. A operação que envolve o Banco Central, bancos públicos e privados, vai disponibilizar no máximo R$ 20 bilhões por mês, ou seja, R$ 40 bilhões em dois meses. Com juros de 3,75% ao ano, esse financiamento é disponível para empresas com faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano e o recurso será exclusivo para folha de pagamento. A empresa terá seis meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo.