Endividamento familiar diminui em Sergipe, aponta Fecomércio
Economia 06/04/2016 13h30Por Will Rodriguez
O sergipano colocou o pé no freio e está conseguindo, aos poucos, sair do sufoco provocado pelo emaranhado de dívidas. Esse foi o diagnóstico de uma pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE). O motivo para a redução no número de endividados, segundo o levantamento, é a diminuição do poder de compra, que tem deixado o consumidor mais cauteloso.
A pesquisa ouviu representantes de mil famílias em todo o Estado, no mês de março, e o número de famílias com dívidas declaradas caiu 8.5% em relação ao mês de janeiro deste ano. No terceiro mês de 2016, foi registrado o número de 78,6% de famílias com dívidas, contra 87,1% de endividados no primeiro mês do ano.
As condições atuais da economia, que não favorecem o consumo nem a aquisição de bens que levem ao endividamento, estão entre os fatores que justificam esse resultado. De acordo com a Fecomércio, as famílias sergipanas estão preferindo quitar suas dívidas, reflexo do processo de educação financeira que a atual conjuntura do mercado sergipano tem gerado.
Vilão
Os cartões de crédito continuam sendo o vilão dos sergipanos, mas a Fecomércio indica uma redução no valor da dívida. No mês de março, o crédito para compras alcançou o volume de 56,3% do total das dívidas das famílias sergipanas. A queda entre o primeiro e o terceiro mês do ano foi de 10,8%, considerando que, em janeiro, o cartão de crédito influenciava em 67.1% das dívidas. A queda representa a negociação das dívidas para sua quitação por meio de eventos realizados com objetivo de recuperação de crédito, como o Mutirão do Nome Limpo, promovido pela Fecomércio e Procon Municipal de Aracaju.
De acordo com o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, os números de redução nas dívidas dos sergipanos são animadores. Entretanto, ainda há uma preocupação com a queda do consumo, que provoca danos em todo o comércio sergipano.
“Os resultados apresentam redução no número de famílias endividadas e no tempo comprometido para pagar dívidas, reflexo da retração econômica dos últimos meses. Na contramão, aumento da inadimplência e na parcela da renda, reforçam as análises econômicas que apontam para uma queda do nível de consumo que geram inflação”, afirma
Inadimplência
As contas em atraso dos sergipanos sofreram uma queda de 1,7% entre janeiro e março, caindo de 33,4% para 32,7%. Porém a pesquisa mostrou que o número de famílias inadimplentes cresceu 3,2%, subindo de 8,1 para 11,3%. O tempo médio de atraso das contas dos sergipanos caiu de 60 para 59 dias, bem como o tempo de comprometimento com as dívidas, que anteriormente era de sete meses, agora passou a ser de seis.
Mesmo com a diminuição do volume de dívidas das famílias, o sergipano está comprometendo uma maior parcela do seu orçamento para pagar as contas, em março mais de 40% das receitas foi destinada à quitação de débitos.
*Com informações da Fecomércio


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