Feirantes e clientes reclamam dos preços altos de hortaliças
Economia 02/03/2013 10h20Por Adriana Meneses
Feirantes do Mercado Central de Aracaju que comercializam hortaliças estão assustados com os preços praticados pelos intermediários. O fato se confirma através de uma pesquisa de Índice de Preços ao Consumidor (IPC), realizada pela Fundação Getúlio Vargas. Segundo o levantamento nos últimos 12 meses, os preços das hortaliças subiram 74,82%, elevação sentida no bolso pelos clientes.
De acordo com o feirante Luiz Carlos, que comercializa verduras e hortaliças há mais de 25 anos, alguns produtos da sua banca tiveram acréscimo em mais de 50%. Ele mostra que o quilo do repolho que custava R$ 1,50 há dois meses, atualmente custa R$ 5, o chuchu que antes custava R$ 0,50 a unidade, passou a ser vendido por R$ 1,50. Já o tomate, que custava R$ 1,50, agora pode ser encontrado nas bancas por R$ 3.
Na banca de Manoel dos Santos (foto ao lado), comerciante de cheiro verde, devido ao reajuste dos produtos, os lucros nas vendas têm sido escassos e as reclamações dos clientes aumentaram bastante. Ele afirma que dos produtos que vende tem tirado o lucro de apenas R$ 0,20. “Só estamos aqui para não morrer de fome. Compro o molho de cebolinha e coentro a R$ 0,80 e vendo aqui a R$ 1. Qual o lucro que tiro no final? Ainda tenho que comprar as bolsas para embalar a mercadoria e tenho que comer por aqui mesmo. Se compramos com o preço alto, como vamos vender abaixo do que compramos?”.
Quem ficou assustada com os preços das hortaliças e verduras foi a dona de casa Iolanda dos Santos (foto ao lado). Morando no município de Japaratuba, ela resolveu passar no Mercado Central para checar os preços e fazer alguma compras, mas chegou à conclusão que o preço acessível tornou-se raridade. “Vim de lá para comprar aqui, e vi que a coisa está feia em qualquer lugar. Tenho medo que em alguns dias pobre não possa mais fazer feira e comer. Antes eu vinha com R$ 10 fazer compras e voltava cheia de sacolas, hoje venho com R$ 25 e levo apenas uma sacolinha. Não sei onde vamos parar”, afirmou.


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