Gás de cozinha é reajustado em Sergipe
Preço do botijão poderá chegar a R$ 45,00
Economia 01/09/2014 13h35

Por Aline Aragão

A partir desta segunda-feira (1º), os consumidores sergipanos irão sentir no bolso o peso de mais um aumento. É que já está valendo o novo preço para o gás de cozinha. A previsão das distribuidoras é de um aumento de 4,28%. O botijão que custava, em média, R$ 42,00, poderá chegar à R$ 45,00.

A auxiliar de serviços gerais, Suely Andrade, disse que não sabia do aumento e reclamou “já é caro, agora vai ficar pior”. Ela conta que consome um botijão por mês, e como ganha salário mínio, terá que economizar em outras coisas.

Quem também não ficou nada feliz com a notícia foi à copeira Cícera Pereira dos Santos. Ela faz docinho para complementar a renda em casa, e diz que sendo um aumento pequeno, irá fazer diferença no final do mês. “O prejuízo é grande, porque anunciam um preço e quando a gente vai comprar está ainda maior. Hoje pago R$ 43 reais em um botijão, com esse aumento vou pagar mais de R$ 45”, reclama.

 “Quem tem filho pequeno também sofre”, é o que diz a secretária Patrícia Almeida. Com três crianças em casa, o uso do fogão é intenso, tanto no preparo das refeições como dos lanches. Para ela, o aumento é desproporcional. “Não vejo motivo para esse aumento no gás de cozinha, a gente vê nos jornais que o preço do gás está congelado", comenta.

E quem concorda com Patrícia, é o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (DIEESE), Luiz Moura, que explica “o único produtor de gás aqui é a Petrobras, e o gás na Petrobras está congelado, a R$ 11,20”. Segundo Moura, o gás sai nesse preço e chega ao consumidor em média R$ 38 o preço menor e R$ 42 o preço maior. “Sabemos que tem margem de lucro, tem imposto, mas é uma diferença enorme em ralação ao preço que a Petrobras vende aos distribuidores”.

Segundo o economista, o consumo de gás de cozinha de janeiro a julho deste ano, teve um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Para Moura, isso mostra que as famílias estão fazendo as refeições em casa e ao mesmo tempo traz uma preocupação, já que o reajuste estimado está acima do salário mínimo, aumentando muito o custo para as famílias.

Luiz Moura diz também que vê um problema sério em relação ao aumento, já que hoje, os preços dos combustíveis, gás de cozinha, gasolina, óleo diesel, são livres, e não existe um tabelamento ou uma regra para aumentar, qualquer produto pode aumentar a qualquer hora, sem aviso. “Soa estranho estipular uma data para aumentar, se é livre, porque tem essa data, mais entranho ainda é você ter um percentual de aumento, fica parecendo que não é livre, que houve uma combinação, para que acontecesse o reajuste, para que houvesse esse aumento”, questiona.

O economista que os consumidores devem pesquisar, e informa que no site da Agencia Nacional de Petróleo (ANP), existe uma relação com os locais e os preços. “O consumidor deve ficar atento e procurar o melhor preço. A culpa desse aumento será das distribuidoras e das revendas e não da Petrobras que tem mantido o preço congelado”.

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