Governo diz ter ‘estratégia’ para retomada das atividades econômicas
Estado responde a pleito do setor produtivo por ações contra crise da pandemia Economia | Por Will Rodriguez 14/05/2020 12h55O governo de Sergipe disse hoje (14) ter uma ‘estratégia’ para a reabertura dos setores da atividade econômica penalizados pelas medidas de restrição da circulação de pessoas que visam conter o avanço da Covid-19, mas não deu detalhes e nem disse quando ela deve ser exposta ou aplicada. A manifestação veio em resposta à carta aberta divulgada por entidades do setor produtivo sergipano, pela qual cobraram mais engajamento do Executivo na construção de medidas de enfrentamento à crise social e sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus.
“O Governo possui uma estratégia, mas entende que neste momento de crescimento da curva de novos casos de contaminação e óbitos, não é adequado sua divulgação e lançamento”, diz a nota do Estado, que argumenta ter baseado as medidas adotadas em orientações de especialistas da Saúde e da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
Segundo o governo, o plano para combater a Covid-19 foi construído antes da confirmação dos primeiros casos no estado. “Prova é a ampliação de novos leitos de UTI e de enfermaria, dos protocolos e da regulação que foram implementados”. O Estado também alega que “caso as medidas de isolamento não fossem tomadas no início da pandemia, Sergipe estaria com números de infectados e hospitalizados muito mais alarmantes do que os atuais”.
No documento, o governo estadual disse manter o diálogo com o setor produtivo, mas afirma não ser possível atender à reivindicação de isenção de ICMS que, pelos cálculos do Executivo, teria um impacto de quase R$ 900 milhões na arrecadação estadual. “Algo impensável para um governo que precisa honrar seus compromissos com servidores públicos, fornecedores, repasse para os Poderes e para os 75 municípios, entre outras responsabilidades”, declara.
O Executivo sergipano citou “adequações de ordem tributária que facilitaram a vida das empresas” e as linhas de crédito do Banese “em condições especiais de prazos e taxas de juros, em valores que chegam a R$ 500 milhões para capital de giro e investimentos” como medidas adotadas com a intenção de auxiliar os empresários a mitigar os efeitos da crise.
À imprensa, o governador Belivaldo Chagas disse que os técnicos da Secretaria da Saúde devem avaliar a evolução dos casos e a ocupação dos leitos hospitalares até o domingo para embasar o decreto que deve ser editado na segunda-feira (18), “com possibilidade de mais restrições”.





