Governo foi surpreendido com decisão da Petrobras sobre hibernação da Fafen
Decisão pode fechar milhares de postos de trabalho em Sergipe e preocupa trabalhadores do setor Economia | Por F5 News 05/11/2018 16h55 - Atualizado em 05/11/2018 17h17A nova data prevista para hibernação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), no município de Laranjeiras (SE), foi comunicada pela Petrobras na última quarta-feira (31), e pegou muita gente de surpresa, inclusive o Governo do Estado, disse ao F5 News, nesta segunda-feira (05), o assessor do governo para Políticas de Desenvolvimento, Oliveira Júnior.
“Foi uma completa surpresa, porque a conversa anterior foi totalmente diferente, não havia data e a Petrobras inclusive se dispôs ao diálogo, retomando as atividades de grupo de trabalho e se propondo a discutir condições de maior competitividade para empresa”, comentou Oliveira.
O assessor disse também que o governo vê com preocupação essa situação, e que é totalmente contrário ao fechamento da planta. “Nós produzimos vários estudos, mostramos que apenas dois anos de prejuízo, como aponta a Petrobras, não são suficientes para uma decisão desse porte e desde o inicio manifestamos a nossa posição contrária”.
Ainda de acordo com Oliveira Júnior, o que causa estranheza é justamente essa mudança de posição, já que não faz sentido a hibernação da planta para uma empresa que quer se desfazer de um ativo. “Todo o esforço que estamos propondo fazer é no sentido de valorizar a empresa, de fazer com que ela tenha condições de produzir mais, de oferecer mais emprego e mais renda. Isso seria uma solução definitiva a longo prazo”, afirma.
No entanto, Oliveira Júnior diz que nesse momento a decisão do governo é de esperar a troca da direção, que deve ocorrer no início do ano, para assim retomar as discussões e tentar impedir a suspensão das atividades da fábrica no estado.
“A nossa posição continua a mesma, a luta continua, não podemos abrir mão de uma planta de produção de fertilizantes como é a Fafen, e queremos mostrar isso a Petrobras, mas é preciso uma postura de maior diálogo da empresa”, disse.
O diretor do Sindipetro (SE), Bruno Campos, discorda dessa postura do governo e diz que o momento de ir à luta é agora. “Não podemos ficar de braços cruzados esperando para ver o que acontece na próxima gestão, não podemos perder tempo, o governo precisa agir desde já”, defende.
Segundo Campos, a hibernação da Fafen irá causar um grande impacto social e econômico no estado, com o fechamento de milhares de postos de trabalho. “Além dos 750 empregos diretos, a Fafen gera mais de 5 mil empregos indiretos através de empresas que dão suporte à operação e, principalmente, às diversas fábricas de fertilizantes que estão instaladas na região devido à proximidade de acesso à matéria primeira. Com o fechamento, essas empresas podem ir embora”, adverte.


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