Greve UFS: comerciantes buscam alternativas para não fechar as portas
Economia 22/09/2015 11h58

Da Redação

A greve que atinge universidades e institutos federais está prestes a completar quatro meses, sem previsão de retorno às aulas. Em Sergipe, a greve da Universidade Federal afeta, além da educação, a economia, levando prejuízos principalmente para o comércio no entorno do Campus, localizado em São Cristóvão, região da Grande Aracaju.

Para não fechar as portas, muitos comerciantes estão tendo que buscar alternativas, entre elas demitir funcionários, como fez Irandi Júnior, dono de uma copiadora e lan hause - só na loja dele foram quatro demissões. “Depois dessa greve sentimos uma redução de 80% nas vendas, o jeito foi demitir os funcionários e botar a mão na massa”, lamenta.

Irandi também precisou mudar o horário de funcionamento, a loja agora só abre até às 18h. “Todos nós estamos sendo prejudicados, só não saí daqui ainda porque preciso cumprir o contrato de aluguel do espaço”, comenta.

Quem também reclama da situação é o comerciante Milton Medeiros Júnior, proprietário de um restaurante e pastelaria que está tendo que buscar alternativas para fugir do prejuízo.

“Com a greve o atendimento ficou restringido aos alunos da pós-graduação e aos moradores da região, uma redução de 50% da clientela, a sorte é que eu também faço entrega de alimentação para empresas. Estou cobrindo os prejuízos distribuindo para fora”, diz.

Já a alternativa encontrada pelos comerciantes Antônio Plácido e Valéria Soares foi manter o valor antigo das refeições. “O quilo aqui custa R$ 18, mas tem restaurante que, apesar da diminuição de clientes, está é aumentando o preço, mesmo assim, observamos que em nosso restaurante a clientela diminuiu pela metade”, explicam.

Negociação

Na última sexta-feira (18), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) enviou ao Ministério da Educação (MEC) nova proposta (a terceira desde maio) para pôr fim à paralisação. O documento pede a abertura de concursos para 9.331 vagas, liberação de verbas para conclusão e início de obras, reajuste de 19,7% no salário inicial até 2017 e reestruturação de carreira dos professores.

Entretanto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), Lucas Gama, disse ao F5 News que a greve continua por tempo indeterminado. “A greve vai continuar, mesmo que alguns setores voltem, a mobilização é permanente”, afirmou.

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