Incertezas sobre economia aumentam procura por previdência complementar
Economia 29/10/2016 08h18 - Atualizado em 29/10/2016 18h34

Por Fernanda Araujo

Foi a chegada do netinho, no ano passado, que despertou no funcionário público aposentado Ednilson Nunes a consciência quanto à importância de contratar um plano de previdência privada. Em meio às incertezas que pairam sobre as reformas trabalhista e da previdência, ele não teve dúvidas de que era o momento certo para começar a prover o futuro da criança, hoje de um ano e meio, sobretudo porque a abrangência do produto pode cobrir financeiramente eventuais enfermidades ou invalidez.

Ednilson, que também trabalha com uma seguradora, só pensou em ter uma previdência complementar aos 47 anos, e já até resgatou o valor investido para adquirir um imóvel. No caso do neto, porém, ele acredita que a antecipação foi necessária.

 “A idade certa para pensar nesse serviço é desde o nascimento da pessoa. Na situação em que estamos vivendo hoje tem tanta instabilidade que a gente quer uma segurança. A previdência pode render mais ou não que a poupança, na prática sim, o que diferencia é que na poupança tem lucro limitado e saca a hora que quer, já a previdência trabalha com aplicação em fundos, tem rentabilidade maior e tem que ter carência”, explica Nunes.

Dados do Sindicato dos Corretores de Seguros de Sergipe (Sincor) apontam que este é o segmento que mais cresce no mercado atualmente, devendo fechar o ano com uma alta de 9%, bem acima de outras modalidades como a do seguro automotivo, que deve se expandir até 3%.

Os aportes a planos abertos de caráter previdenciário totalizaram mais de R$ 40 bilhões no primeiro semestre, registrando crescimento de 10% frente ao mesmo período do ano passado.

Diferente de uma poupança, apostar na previdência privada é um investimento em longo prazo que deve ser acompanhado pelo titular mês a mês. Na hora de contratar o serviço, a pessoa é quem define o tempo em que vai contribuir. O mínimo recomendado pelo empresário é de mais de 20 anos. A pessoa ainda pode aumentar o percentual do valor mensal a hora em que quiser, podendo alterar a mensalidade ou fazer aporte único; e até colocar os filhos como dependentes - caso o titular sofra algum mal, serão os herdeiros. O valor mínimo de depósito varia de acordo com cada seguradora. Mas, diante o cenário de instabilidade econômica, ainda assim existem os riscos.

“Tem a previdência que é moderada, conservadora, ou aquela para um cara que quer arriscar para ter uma rentabilidade maior. Eu pego esse mesmo recurso de previdência que, depositando, você vai pegar 50% e vai aplicar em renda fixa, como título do tesouro, por exemplo, e outro 50% vou para o mercado de fundos, então, vai para o risco para poder ganhar mais. O risco que corre é se acontecer uma turbulência econômica, como aconteceu nesses últimos três anos, eu perco a rentabilidade desse valor que eu estava esperando”, observa Nunes.


*Taxa de rentabilidade usada foi 6%

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