Indústrias sergipanas estão apreensivas com exigência do Bloco K
Economia 11/12/2015 09h35

Não bastasse a grande quantidade de obrigações tributárias que estão sujeitas e o momento de grave crise econômica com queda expressiva na produção industrial, as indústrias sergipanas estão apreensivas diante da possível entrada em vigor, a partir de 1º de janeiro de 2016, do Livro Registro de Controle da Produção e Estoque no âmbito da Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI), conhecido como Bloco K, que será exigido pelo fisco.

Com o bloco K, as indústrias sergipanas deverão informar ao fisco o registro de controle da produção e do estoque, ou seja, tudo o que é utilizado no processo de produção do bem final. Para a Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), Eduardo Prado de Oliveira, “a entrada em vigor do Bloco K em 2016, além de impor novas obrigações às empresas sergipanas de todos os portes, em nada contribuirá para torná-las mais eficientes e competitivas, além do que com essa nova obrigação tributária, há a possibilidade de quebra dos sigilos industriais, em razão do nível extremo de detalhamento dos dados solicitados sobre insumos e produtos, além de outros riscos”.

A FIES juntamente com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem levado propostas ao Comitê de Política Fazendária (Confaz), visando à criação de um software seguro e adequado às necessidades das indústrias brasileiras e sergipanas. Porém, ainda está sendo discutido um layout adequado para a inserção dessas informações, porque há exemplos de indústrias que sofreriam grandes reflexos negativos com a entrada em vigor do Bloco K, tais como, a metalúrgica, empresas de artefatos de papel, papelão, cortiça e embalagens especiais ou personalizadas e empresas da cadeia de petróleo, dentre outras.

Adicionalmente o fator custo para as empresas também é decisivo, dado que as especificações técnicas do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque precisam ser revistas, pois as exigências não são possíveis de ser atendidas por um grande número de empresas em 2016.

Por fim, Oliveira afirma que “deve ser estabelecido um novo cronograma de implantação do Bloco K, devido às dificuldades de desenvolvimento do sistema e de pessoal por parte das empresas. Por isso,  o início da obrigatoriedade deve ser, no mínimo, em janeiro de 2017, porque em um momento adverso da economia brasileira, a compra ou o desenvolvimento de softwares e a capacitação de pessoal representará elevados custos, reduzindo ainda mais a competitividade das indústrias”.

Fonte: Fies

Mais Notícias de Economia
Foto: Agência Brasil/Reprodução
11/03/2021  17h40 Supermercados registram alta de 12% nas vendas de janeiro
Comparação é com o mesmo mês de 2020; setor espera Páscoa com 15% a mais nas vendas
Guedes diz que empresa poderá reduzir salário antecipando seguro-desemprego
11/03/2021  17h37 Guedes diz que empresa poderá reduzir salário antecipando seguro-desemprego
Governo pagaria R$ 500 por mês para evitar demissões
Foto: Agência Brasil/Reprodução
11/03/2021  14h45 Inflação da construção civil cai para 1,33% em fevereiro
IBGE diz que taxa é menor que a de janeiro: 1,99%
Foto: ASN/Reprodução
11/03/2021  13h21 Petroleira ExxonMobil planeja iniciar perfuração em solo sergipano
Trabalho será realizado em junho e tem a previsão de perfuração de até 11 poços
Foto: Raylton Alves/ Agência Ana
11/03/2021  10h12 IBGE: previsão da safra 2021 é de 263,1 milhões de toneladas
Soja teve aumento e continua batendo recordes