Julho apresenta saldo negativo em empregos
Economia 27/08/2015 15h43

Por Marcio Rocha

Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), apresentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que versam sobre o volume de empregos em Sergipe no mês de julho foram analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE) e apresentam novo aumento no número de demissões em Sergipe.

Segundo os números apresentados, o número de trabalhadores com carteira assinada no estado diminuiu em 1.082 postos de trabalho, sendo realizadas 7.910 contratações e 8.992 demissões nas empresas do estado. O setor que mais contribuiu para a queda de 0,36% de trabalhadores formais entre os meses de junho e julho foi a Indústria de Transformação, que apresentou -453 trabalhadores registrados com carteira assinada.

O setor de Comércio fechou julho com -408 trabalhadores, seguido pelo setor de Serviços, que apresentou -389 postos de trabalho no mês, ocupado a terceira posição em queda. Os Serviços Industriais de Utilidade Pública apresentaram queda de -18 trabalhadores e o setor de Extrativismo Mineral fechou com -7 vagas de trabalho.

A Agropecuária apresentou retomada do crescimento ao fechar o sétimo mês do ano com 144 novas contratações, a Construção Civil apresentou a recuperação de 47 postos de trabalho e a Administração Pública fechou julho com dois trabalhadores a mais que o mês de junho.

Sergipe foi o estado do nordeste que mais contratou nos últimos 12 meses, mas também foi o que mais demitiu e por isso aparece como o estado que tem o segundo maior número de desempregados na região (44.744). Pela primeira vez, em 14 anos, o estado apresenta um saldo negativo de emprego.

O Emprego nos Setores do Comércio e Serviços

O comportamento do emprego formal no setor de serviços no mês de julho, apresentou saldo negativo (-389). Este foi o terceiro mês consecutivo  que o setor apresenta fechamento de postos de trabalho. No ano, o saldo de empregos é de (-181), em 12 meses o setor acumula um saldo positivo de 1.145 geração de postos de trabalho.

O setor do comércio voltou a fechar vagas em julho. Em julho, foram desligados (-408) trabalhadores. No ano, o comércio já acumula um saldo negativo de 1.302 postos de trabalhos fechados. Em 12 meses o saldo é positivo de 1.373 trabalhadores.

Segundo o presidente da Fecomércio Sergipe, Laércio Oliveira, a situação do emprego em Sergipe é preocupante, já são -7.170 desempregados no Estado, no período de sete meses. Considerando o mesmo período do ano passado, o saldo de empregos foi de 1.404 postos gerados.

“A situação este ano é de um quadro preocupante em relação à geração de empregos em Sergipe. Esse é o reflexo da situação de retração da nossa economia, frente às dificuldades que o Brasil vem passando ao longo dos últimos dois anos, em especial”, disse Laércio.

Setores importantes da Indústria tem contribuído para o aumento no número de desempregados em Sergipe, considerando que o volume de demissões no estado é liderado pelo segmento. As demissões em indústrias que necessitam de mão de obra qualificada estão apresentando demissões, a exemplo da indústria alimentícia, de bebidas, gráfica, têxtil e químico-farmacêutica, que apresentaram saldo negativo.

Esses setores demitem tanto trabalhadores especializados em operação de máquinas e equipamentos automatizados para cada ramo, quanto profissionais de mão de obra intensiva. A indústria química, alcançou o volume de demissões de -1.971 trabalhadores em 2015, seguida pelo setor têxtil, com -443 carteiras assinadas e pela alimentícia, que ocupa a terceira posição com -307 postos de trabalho em 2015.

As cidades que mais demitiram em julho foram os polos industriais de Sergipe, Aracaju alcançou -775 trabalhadores e Nossa Senhora do Socorro contou com -262 demissões em julho. De acordo com a análise da economista Sudanês Pereira, da Fecomércio, o estado passou a apresentar sinais de desaceleração da economia e em julho de 2015, apenas três setores apresentaram resultados positivos, a Agropecuária, com 144 novos trabalhadores, a Construção Civil, com 47 e a administração pública, com saldo positivo de dois novos registros.

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