Crise
Mercado de trabalho perde 804 empregos formais no mês de julho em Sergipe
Estado foi o único do Nordeste que não gerou empregos com carteira assinada no mês
Economia | Por Will Rodriguez 24/08/2020 10h00 - Atualizado em 24/08/2020 11h26

Sergipe encerrou o mês de julho com a perda de 804 vagas de empregos formais, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia. O estado foi uma das três unidades da federação que tiveram saldo negativo no mês, junto ao Rio de Janeiro e ao Amapá.

No sétimo mês do ano, o mercado sergipano registrou a contratação de 4.215 trabalhadores com carteira assinada, enquanto outras 5.019 pessoas foram demitidas. A diferença resultou no saldo negativo de empregos formais, o que representou uma retração de 0,30% no nível de emprego. 

Enquanto no saldo nacional o Brasil voltou a gerar empregos com carteira assinada após quatro meses consecutivos de demissões, Sergipe foi o único estado do Nordeste que não criou novas vagas de trabalho no mês de julho. Os dados refletem o impacto no mercado de trabalho da pandemia de covid-19, que está empurrando a economia mundial para uma forte recessão desde o começo do ano. 

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, ainda segundo informações do Ministério da Economia, as demissões superaram as contratações em 15.240 mil empregos formais no estado de Sergipe. Com isso, o nível de emprego já acumula um decréscimo de 5,35% em relação ao mesmo período do ano passado. 

O Brasil criou 131.010 vagas de trabalho com carteira assinada em julho. O resultado decorreu de 1,043 milhão de admissões e 912.640 demissões e foi o melhor para o mês desde 2012, quando foram contratados 142.496 trabalhadores com carteira assinada.

“O número de contratações e os dados sobre o consumo têm saído com padrão semelhante. A queda da atividade foi abrupta, o retorno da economia é mais lento, mas é seguro.  O desempenho do Caged é um sinal de que economia pode ter mesmo recuperação em ‘V’”, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao comemorar  o primeiro resultado positivo no mercado de trabalho formal desde o início da pandemia de covid-19 no país. 

 

*Texto alterado para correção de informação no título e no primeiro parágrafo.

Edição de texto: Monica Pintosh
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