Mesmo com alta, Sergipe ainda não recuperou empregos perdidos na pandemia
Número de pessoas desocupadas ou no mercado informal continua alto no estado Economia | Por Will Rodriguez 29/12/2020 11h42Os empregos perdidos em Sergipe durante os momentos mais graves da crise causada pela pandemia do novo coronavírus ainda não foram recuperados, apesar de o estado registrar quatro meses consecutivos de alta na geração de vagas com carteira assinada. É o que apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
De março a julho deste ano, o mercado de trabalho sergipano fechou 13.746 postos de trabalho formal. Mas, antes do início da pandemia, no mês de fevereiro, a economia já dava os primeiros sinais de retração no estado com o fechamento de 1.888 vagas de trabalho.
As contratações só voltaram a superar o número de demissões no mês de agosto. Do oitavo até o 11º mês deste ano, 10.305 trabalhadores a mais foram contratados com carteira assinada, o que corresponde a um déficit de quase 3,5 mil empregos.
No acumulado do ano, Sergipe tem um saldo negativo de 5.177 postos de trabalho, decorrente da diferença entre as 65.711 contratações e as 70.888 demissões realizadas desde janeiro. Dos cinco setores da atividade econômica, apenas a indústria tem um desempenho positivo (+155) no estado este ano. Já o setor de serviços é o mais afetado, com a perda de 3.319 empregos.
Sergipe tinha 181 mil pessoas desocupadas no mês de novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, iniciada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número cresce há seis meses consecutivos e, no penúltimo mês do ano, colocou o estado com a quarta maior taxa de desocupação (18,9%) do país e a terceira maior do Nordeste.
Ainda sem muitas contratações no mercado de trabalho formal, a informalidade permanece em patamares elevados, alcançando cerca de 350 mil sergipanos no mês passado.





