Movimento no aeroporto de Aracaju cresce, mas é 50% menor que em 2019
Confira um guia com orientações para quem pretende viajar neste final de ano Economia | Por Will Rodriguez 15/12/2020 13h00 - Atualizado em 16/12/2020 08h59O fluxo de passageiros no Aeroporto Santa Maria, em Aracaju, segue a tendência de alta mês após mês, mas ainda está 50% menor do que no ano passado. É o que apontam os dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mesmo com o número crescente de casos e óbitos pela covid-19, a previsão é que a população continue viajando no fim do ano para aproveitar as festas, férias e a alta estação.
De janeiro a outubro deste ano, 446 mil passageiros passaram pelo terminal aracajuano, somados embarques e desembarques. A movimentação começou a cair em fevereiro e chegou ao pior patamar no mês de abril quando apresentou uma retração de 93%. Naquele mês, pouco menos de 6 mil passageiros passaram pelo aeroporto.
Só no mês de julho, mesmo com a pandemia apresentando os piores indicadores, a frequência de viagens se intensificou na capital sergipana. Ainda assim, até agora não foi possível chegar ao nível pré-pandemia. Em janeiro deste ano, o aeroporto registrou mais de 123 mil passageiros, uma alta de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em outubro, foram registrados 57,7 mil embarques e desembarques, um número 35% menos que no mesmo mês de 2019.
Investimentos
Desde fevereiro deste ano, a gestão do Santa Maria está sob a responsabilidade da Aena Brasil. Na semana passada, lideranças da concessionária se reuniram com o governador Belivaldo Chagas para apresentar o projeto de requalificação do terminal, previsto para começar em janeiro de 2021, a partir da área interna, com adequações que incluem climatização, iluminação, sinalização e pintura.
Guia do passageiro
Com a oferta de voos sendo aos poucos retomada, muita gente tem planejado viagens para as festas de final de ano e férias durante o verão. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) afirma que a média diária de voos domésticos deve chegar a 1.620 em dezembro em todo o país, apenas 67,5% do total previsto em março, antes de a pandemia começar.
Em nota, a organização ressalta que a tecnologia de filtragem do ar a cada três minutos remove 99% dos vírus e bactérias, e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o risco de contaminação em aviões como “muito baixo”. Medidas de higienização, entretanto, são de responsabilidade das próprias companhias aéreas.
Como os casos de coronavírus estão em ascendência em todo país e outras partes do mundo, especialistas recomendam evitar passeios, aglomerações e apontam os cuidados para quem precisa se deslocar, a exemplo do uso de máscara facial e da higienização das mãos.
Confira os prós e contras de cada tipo de transporte:
AVIÃO
Vantagens:
Filtragem de ar;
Menos tempo de viagem;
Desvantagens:
Exposição ao vírus em aeroportos, filas de check-in e/ou segurança;
Exposição ao vírus entre os passageiros;
Recomendações:
Usar a máscara durante todo o trajeto;
Renovar máscara em voos mais longos que 3 horas;
Higienização constante com álcool em gel sempre que encostar em alguém ou alguma superfície;
Nas filas, manter distância das outras pessoas;
ÔNIBUS
Desvantagens:
Maior tempo de trajeto e exposição;
Exposição ao vírus nas filas para compras de passagem, embarque, desembarque;
Exposição ao vírus entre os passageiros;
Recomendações:
Usar máscara durante todo o trajeto;
Se possível, usar também protetor facial de acrílico ou óculos;
Renovar a máscara em viagens mais longas que 3h;
Levar o próprio frasco com álcool em gel e manter a higienização das mãos;
Nas filas, manter distância das outras pessoas;
Evitar tocar objetos compartilhados; quando tocá-los, rapidamente higienizar as mãos com álcool em gel.
CARRO
Vantagens:
Controle de exposição ao vírus no interior do veículo;
Se a viagem for com o núcleo familiar (mesmo do isolamento), não é necessário usar máscara;
Desvantagens:
Grande probabilidade de encontrar engarrafamento nos trajetos de ida e volta;
Exposição ao vírus nas paradas para lanches, abastecimento e banheiro;
Sobrecarga do setor de locação e possibilidade de não conseguir alugar automóvel;
Para viagens longas, pode haver necessidade de hospedagem;
Recomendações:
Usar máscara sempre que sair do carro e entrar em algum estabelecimento;
Higienização das mãos com álcool em gel sempre que sair do carro;
Evitar muitas paradas na estrada;
Se a viagem for feita com pessoas fora do núcleo de isolamento, usar máscara e deixar as janelas abertas;
Evitar aplicativos de caronas compartilhadas.
Manter distanciamento das pessoas nas filas (banheiro, caixa, lanchonete, check-in de hotel etc.).
*Com Agência Estado





