Mundo dos vinhos: um mercado crescente no Brasil
Sabores, aromas, mitos e verdades para quem é principiante
Economia 28/04/2013 09h30

Por Sílvio Oliveira

Chardonnay,  pinot blanc, sauvignon, cabernet, lambrusco, merlot. Parecem ser nomes de vinhos? Remetem a tipos de uvas? Sim, todos esses nomes desconhecidos para alguns, mas bastante apreciados por outros, são tipos de uvas que, fermentadas e produzidas, tipificam vinhos. Com um número igual a 1,9 litros per capita ao ano, o Brasil é um dos lanternas entre os países consumidores de vinho no mundo. Para aumentar o consumo, 2013 é o Ano do Vinho Brasileiro, justamente com o intuito de promover a bebida. A expectativa é que se amplie o consumo per capita de 1,9 litros para 2,5 litros anuais até o fim de 2016.

Sergipe se destaca entre os estados nordestinos por ser um grande mercado consumidor da bebida. Em uma adega localizada no bairro 13 de Julho, em Aracaju, há vinhos das mais diversas nacionalidades, com exemplares que variam dos mais sofisticados aos mais tradicionais. “Os sergipanos viajam muito para o exterior e, na Europa, por exemplo, o vinho é alimento. Você não vê ninguém tomando cerveja ou uísque e termina consumindo também vinho. Recebemos aqui a visita de grandes empresários da área vinícola porque os sergipanos consomem bastante”, explica Sérgio Levita, empresário e apreciador de vinho.

Para quem é “apreciador de primeira garrafa”, a dica do empresário é começar pelos vinhos chilenos, por serem mais frutados e agradáveis ao paladar. “Não se preocupe com preços. Deve procurar vinhos mais baratos. Não adianta comprar vinhos caros com o paladar ainda não acostumado. Acaba achando ruim. Comece pelos chilenos, que têm características de uvas leves, que resultam em vinhos mais frutados”, afirma.

De frente para a prateleira

No restaurante o sommelier poderá ajudar a escolher, mas em frente à prateleira de um supermercado, Sérgio Levita diz que, além de começar por um vinho chileno, uma outra pedida é verificar os rótulos. Por exemplo, a etiqueta contém importantes informações sobre o vinho, como região de origem, nome do fabricante, ano de produção, variedade de uva usada, graduação alcoólica e identificação do engarrafador. Caso não consiga interpretar tudo que informa a embalagem, compre os vinhos produzidos em vinícolas mais conhecidas, pois a chance de erro diminui, por conta do rigoroso processo de controle de qualidade.

Se for receber visitas em casa e o jantar for acompanhado de vinho, Levita explicou que, normalmente, não se aconselha vinhos tintos com frutos do mar. “Vinhos tintos devem ser acompanhados com carnes vermelhas, queijos, pães. Para frutos do mar, sempre vinhos brancos, porque o tinto com frutos do mar deixa um gosto metálico na boca”, explica.

Ritual da degustação

O garçom traz à mesa a garrafa de vinho envolta por um guardanapo de tecido. Logo, saca a rolha e a entrega ao consumidor. De imediato, ele a leva ao nariz para apreciar o cheiro. O apreciador do vinho consente que seja servido. Mas antes de apreciar a bebida, gira o líquido na taça, deixa convergir suavemente ao centro e mais uma vez sente o cheiro. Aprecia o gosto moderadamente e vai degustando sabor e aroma.

O hábito de quem aprecia vinho é sempre esse, como se fosse uma verdadeira oração e ritual para uma boa degustação. E há fundamentos científicos para alguns itens que compõem o ritual.

A rolha, por exemplo, poderá dizer muito sobre a qualidade do vinho, mas Sérgio Levita diz que não significará muito para quem é principiante. “A pessoa tem que entender muito. Se a rolha estiver com problema, penetra o ar e o oxigênio oxida o vinho. É para pessoas que têm anos de vinho”, afirmou.

Levita confirma que o ato de balançar o vinho na taça é de fundamental importância antes de apreciá-lo, pois o vinho fica muito tempo na garrafa e o ideal é que ele tenha contato com o oxigênio para liberar o aroma, o paladar. Ou seja, que “respire” para incorporar sabores e aromas.

Foto: Sílvio Oliveira

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