Número de empresas fechadas em Sergipe cresceu 40% em 2015
Economia 11/01/2016 17h33

Da Redação

A recessão da economia nacional e a consequente diminuição do poder de consumo dos sergipanos levaram ao fechamento de 3.329 empresas em Sergipe durante o ano passado. O número é 40% maior do que o registrado em 2014, quando 1.949 negócios foram encerrados. Já o número de novas empresas teve uma pequena alta. Em 2015, foram constituídos 4.039 novos negócios, enquanto em 2014 esse número chegou a 4122. Os dados da Junta Comercial do Estado de Sergipe (Jucese) foram divulgados nesta segunda-feira (11). Economistas ouvidos por F5 News recentemente avaliaram que a crise financeira não é a única responsável por este cenário.

Segundo a Jucese, a maioria das novas empresas se instalaram em Aracaju, 2049 no total. O setor que mais constituiu negócios foi o de Serviços, com 58%; em segundo lugar, ficou o Comércio, com 34%; e em terceiro, a Indústria, com 8%. 

O presidente do órgão, George Trindade, avalia que, mesmo com a atual instabilidade financeira, a constituição de negócios no estado se manteve regular. “O Governo de Sergipe, cada vez mais, atrai novos estabelecimentos empresariais, a exemplo das indústrias, gerando milhares de empregos para os cidadãos sergipanos e provando que a economia do Estado se mantém ativa”, afirmou, acrescentando que a Junta Comercial também investe na desburocratização da abertura de negócios com a expansão do sistema Agiliza Sergipe.

O balanço da Junta também revela que o sergipano está cada vez mais buscando ser dono do próprio negócio. Em 2015, o número de inscrições de Microempreendedor Individual (MEI) aumentou e mais de cinco mil empreendedores formalizaram suas atividades.

Quanto ao encerramento de negócios, além da crise econômica, a Jucese aponta como outro fator preponderante a Lei Complementar 147/2014, que alterou o Estatuto da Micro e Pequena Empresa, permitindo às empresas obterem baixas na Jucese sem a necessidade de apresentação de certidões negativas.

Em entrevista recente ao F5 News, a economista da Fecomércio Sergipe, Sudanês Pereira, apontou outras variáveis entre os motivos que levam ao fechamento, entre elas o aumento nas contas de água, da energia elétrica e ainda de tributos como o ICMS proposto pelo Governo do Estado, por exemplo. “Não há sinalização do Estado para indicar um caminho. Se tivéssemos política pública nesse setor de comércio e serviços melhoraria a situação”, observa.

 Confira abaixo o ranking dos 10 tipos de empresas mais abertas em 2015 na Jucese, de acordo com a atividade principal da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).   

*Com informações da Jucese

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