Pandemia afastou 20% dos trabalhadores sergipanos em junho, aponta IBGE
Estado registrou o 6º maior percentual do país no encerramento do primeiro semestre Economia | Por Will Rodriguez 23/07/2020 12h13 - Atualizado em 23/07/2020 20h17Sergipe encerrou o primeiro semestre do ano com cerca de 20% dos trabalhadores formais afastados temporariamente por conta das medidas decorrentes da pandemia do novo coronavírus. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios covid-19.
Esse grupo corresponde às pessoas que não trabalharam durante pelo menos uma hora completa no período pesquisado em função do isolamento social ou férias coletivas devido à pandemia, férias, folgas ou outras licenças remuneradas. As pessoas ocupadas, não afastadas temporariamente, poderiam exercer suas atividades de forma presencial ou remota (home office, teletrabalho, ou trabalho à distância).
Considerando a força de trabalho estimada pelo governo do Estado, o percentual equivale a mais de 77 mil empregados com carteira assinada. No ranking nacional, o estado ocupou a 6ª posição entre as unidades da federação com maior proporção de afastamento, e a 4ª posição entre os estados do Nordeste, ficando atrás apenas de Maranhão, Ceará e Piauí.
Em geral, segundo o IBGE, a medida afetou mais as mulheres com idades entre 50 e 60 anos, ou mais. O setor de serviços domésticos, de hospedagem e alimentação registrou o maior percentual de afastamentos temporários no sexto mês de 2020, de acordo com a pesquisa. Essas atividades são as mais afetadas porque dependem da circulação de pessoas nas ruas, o que se reduziu por conta das medidas de isolamento social decretadas a partir de meados de março.
No final de junho, o governo sergipano iniciou um plano de reabertura gradual das atividades econômicas que previa a reativação de 95% da economia estadual até a primeira quinzena do mês de agosto. No entanto, uma liminar da Justiça Federal fez o Estado suspender a primeira fase do plano, mantendo 56% do mercado de trabalho formal em operação, o que corresponde aos segmentos considerados essenciais. O governo recorreu da decisão judicial, mas não há qualquer sinalização para reversão do quadro até o momento.





