Pandemia deixa mais de 940 mil sergipanos sem ocupação em maio, aponta IBGE
Número de pessoas fora do mercado superou o de empregadas ou em busca de trabalho Economia | Por F5 News 26/06/2020 15h55A pandemia de coronavírus deixou mais de 942 mil trabalhadores sergipanos sem ocupação no mês de maio de 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que mais da metade da população (51,4%) em idade de trabalhar no estado não estava exercendo alguma atividade remunerada, nem procurando emprego.
No quinto mês do ano, cerca de 1,8% milhão de sergipanos tinham 14 anos ou mais. Desse total, apenas 826 mil estavam trabalhando e outros 65 mil estavam em busca de um trabalho. O total corresponde a 48,6% da força de trabalho do estado. "Em tempos normais, essa proporção não é regra em uma população com a composição etária como a sergipana”, diz análise do IBGE.
O levantamento também apontou que Sergipe registrou a menor taxa de desemprego do país no mês de maio. Os 7,3% representam o total de pessoas desocupadas, mas que tomaram alguma iniciativa para conseguir um emprego. O Instituto ressalta que as medidas de isolamento social prejudicaram o ambiente do mercado de trabalho, o que pode ter levado muitas pessoas a desistirem da busca por uma vaga.
O IBGE concluiu que entre as mais de 940 mil pessoas fora da força de trabalho no estado, pouco mais de 38% disseram que gostariam de trabalhar, apesar de não terem procurado um emprego. O percentual corresponde a um universo de mais de 363 mil sergipanos. Sete em cada dez dessas pessoas afirmaram não ter buscado uma ocupação por conta da pandemia, ou seja, cerca de 274 mil pessoas entre as que estavam sem ocupação no período.
Já entre aqueles que estavam ocupados no mês de maio, quase 24% estavam afastados do trabalho em razão do distanciamento social, ou seja, 197 mil trabalhadores. Outros 55 mil sergipanos estavam trabalhando de forma remota e 38 mil estavam afastados do trabalho, mas por outras razões como férias e licença para tratamento de saúde.
Do total de trabalhadores afastados no estado, mais da metade (58%) deixou de receber a remuneração, isso representa 138 mil pessoas. Os outros 41%, ou pouco mais de 97 mil trabalhadores, continuaram sendo remunerados em maio. Esse grupo inclui os afetados pela pandemia e também pelas outras questões citadas - férias e licença.





