Pix movimenta R$ 9,3 bilhões na primeira semana; saiba como usar
Serviço do Banco Central começou a funcionar de forma oficial em 16 de novembro
Economia | Por Emerson Esteves* 24/11/2020 19h45 - Atualizado em 25/11/2020 07h48

“Eu adorei porque foi na mesma hora e como era transferência para um banco diferente, eu pagaria taxa, e com o Pix não paguei. Para mim a melhor parte sem dúvida é essa”. Essa é a opinião da estudante Rebeca Nunes (22), que cadastrou uma das 85 milhões de chaves Pix que foram contabilizadas na primeira semana do novo serviço de transferência do Banco Central (BC).

O Pix começou a funcionar plenamente no último dia 16 e, até o dia 22 deste mês, o volume de operações chegou a 12,2 milhões, com valor financeiro de R$ 9,3 bilhões.

Através do cadastro de uma chave, que pode ser o número de CPF, do celular, e-mail, CNPJ ou código aleatório de 32 caracteres com letras e símbolos gerados pelo BC, o pagador não precisa de dados como número da instituição, agência e conta para fazer uma transferência. Para cadastrar a chave, o cliente acessa o aplicativo da instituição em que tem conta e faz o registro, vinculando uma conta específica a uma dessas chaves. 

“Foi tudo muito rápido, isso também é bom; e não precisei de 10 mil dados da pessoa, só a chave pix que ele escolheu e pronto, no caso foi o CPF”, conta ainda  a estudante sobre sua experiência inicial com o serviço. 

Até o fechamento desta matéria, os tipos mais comuns de chaves cadastradas são CPF (mais de 30 milhões), celular (mais de 19.8 milhões), aleatórias (mais de 19.2 milhões), e-mail (14 milhões) e CNPJ (1.8 milhão). Das 85 milhões de chaves Pix que foram cadastradas, 79.811.850 correspondem a pessoa física e mais de 3.6 milhões de pessoas jurídicas. O Banco Central disse não ter ainda dados em divisão por estado. 

O BC informou em coletiva de balanço da primeira semana do Pix que, até o momento, os sistemas permanecem disponíveis 100% do tempo. Das 762 instituições financeiras liberadas pela autoridade monetária, 735 já operam com o Pix. O órgão detalhou que as outras 27 estão se adaptando porque ainda não cumprem os requisitos técnicos e revelou ainda que novas adesões acontecerão a partir de 1º de dezembro.

O que é Pix?

Pix é uma forma de pagamento instantâneo brasileiro criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. E promete ser prático, rápido e seguro. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta corrente, conta poupança ou conta de pagamento pré-paga. 

As principais diferenças entre as tradicionais TED e DOC para o Pix é que não é necessário saber onde a outra pessoa tem uma conta para realizar uma transferência ou pagamento. A partir, por exemplo, de um número de telefone cadastrado a uma Chave Pix é possível realizar a transação. Outra diferença é que o Pix não tem limite de horário, nem de dia da semana, e os recursos são disponibilizados ao recebedor em poucos segundos. 
 

*EStagiário sob orientação do jornalista Will Rodriguez 

Edição de texto: Monica Pintosh
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