Pouco fluxo de pessoas no Ceac gera insatisfação de comerciantes
Economia 09/02/2012 15h38

Por Fernanda Araujo

O que já foi um lugar de atração turística por alguns anos e um ponto de encontro para amigos e familiares, frequentado em sua maioria por adultos, a inauguração, no ano passado, do novo Centro de Atendimento ao Cidadão (Ceac) localizado na Rua do Turista, centro de Aracaju, parece não ter surtido muito efeito. Isto porque segundo os comerciantes, o comércio no local está estagnado por pouco fluxo de pessoas.

“Acho que o Ceac precisa ser mais divulgado. As pessoas não sabem o que tem aqui, por isso não vem atrás dele. O público turístico aqui eu não tenho o que reclamar, eu acho que precisa é divulgação para os sergipanos, que é o que traz gente aqui para a galeria. Esse mês tudo move em torno de Bahia e Rio de Janeiro. Então normalmente as pessoas vão para lá”, disse Vamber Passos, comerciante de uma loja masculina.

O novo Ceac possui em sua extensão lojas dos mais variados artesanatos, vestuários, imobiliário, alimentício, além de contar com 85 serviços, entre Setransp, Ministério Público Estadual e Banese. O investimento na instalação foi de aproximados R$ 985 mil.

Mesmo com a variedade dos produtos expostos e com a promessa de uma inauguração promissora no comércio, ainda persiste a pouca circulação dos próprios sergipanos. Aproximadamente seis lojas mudaram de endereço ou estão fechadas para balanço. Para Vamber, além de problemas de divulgação o fechamento de algumas lojas foi em função de falta de investimento dos próprios lojistas.

Sandro José dos Santos que frequenta o local todos os dias também acredita na falta de divulgação, mas afirma que a reclamação dos frequentadores gera em torno dos preços, por isso escolhem outras opções. “Eu acho que as pessoas gostam de frequentar mais os shoppings. Na minha avaliação eu não acho que o número de turista aqui esteja razoável, o número até é bastante bom. Eu acho que é questão de preço, como um ambiente assim mais social, não que os outros não sejam, tem um preço mais elevado até por ser um ponto turístico, geralmente o preço acaba influenciando as pessoas de nossa própria cidade não frequentá-lo”.

Para Sandro, a falta de divulgação prejudica também o conhecimento de outros pontos turísticos da cidade. “Porque não divulgam? Eu não entendo isso. O turismo é o terceiro setor que mais aumenta a economia do mundo. Quando trazem ônibus com turista aqui é muito bom. Na Bahia e Pernambuco existe o marketing, comparado a estes, Aracaju é muito mais organizado, tem hotéis ótimos que não são divulgados. No próprio Ceac deve ter divulgação do estado”, resume.

“A divulgação é a alma do negócio. Há vários problemas. O preço do aluguel aqui é caro, por volta de R$ 2 mil. O preço das mercadorias está alto o que leva as pessoas a comprarem fora. O governo divulga a Orla de Atalaia, mas não divulgam aqui. Outra coisa, a visão do empreendedorismo aqui é mínima”, disse o frequentador Marcos Carvalho.

O F5 News tentou um contato com a Secretaria do Estado de Turismo de Sergipe (Setur), para dissolver ações que poderiam mudar a situação. Mas, o secretário Elber Batalha e a assessora de comunicação, Luciana Gonçalves estão em viagem.

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