Preço da cesta básica em Aracaju sofre aumento de aproximadamente 5%
As principais altas foram do tomate, banana, açúcar, leite integral e óleo Economia | Por Saullo Hipolito* 31/03/2020 07h58 - Atualizado em 31/03/2020 08h57Os efeitos da pandemia do novo coronavirus já têm sido apresentados pouco a pouco em todo o país. De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica sofreu um aumento em 15 das 17 capitais brasileiras, entre os dias 1º e 18 de março. Aracaju é uma das cidades que registrou a alta mais expressiva (5,11%).
Com base na cesta mais cara, o Dieese estima que o valor do salário-mínimo necessário, em março de 2020, deveria ser de R$ 4.483,20 ou 4,29 vezes o mínimo atual, de R$ 1.045.
Chama a atenção que a capital sergipana aparece como a quarta cidade com a alta mais expressiva na cesta, somente atrás de Campo Grande (6,54%), Rio de Janeiro (5,56%) e Vitória (5,16%). Apesar da alta, Aracaju ainda permanece com a cesta básica mais barata entre as 17 capitais, com um valor de R$ 390,20; seguido por Salvador, R$ 408,06.
O levantamento ainda mostrou que apenas duas cidades apresentaram queda neste período, Belém (-3,27%) e São Paulo (-0,24%). A capital paulista, inclusive, é uma das cidades com o grupo de produtos básicos mais caro, com R$ 518,50; somente atrás do Rio de Janeiro (R$ 533,65). Florianópolis tem o terceiro maior valor, com R$ 517,13.
Comportamento dos preços
Nos 18 primeiros dias de março, houve principalmente alta nos preços do tomate, da banana, do açúcar, óleo de soja, leite integral e da batata. Já o valor da carne bovina de primeira teve redução na maior parte das cidades, segundo o Dieese.O preço médio do tomate aumentou em 16 capitais. As maiores altas foram registradas em Campo Grande (58,44%), Vitória (42,86%), Rio de Janeiro (30,59%), Aracaju (27%) e Natal (26,94%). A redução ocorreu em Belém (-11,06%). A menor quantidade de tomate, devido à desaceleração da colheita, elevou o preço no varejo.
A banana (nanica e prata) teve o preço aumentado em 14 capitais. Os maiores aumentos foram registrados em Salvador (16,19%) e Campo Grande (14,19%). As reduções foram registradas em Recife (-6,68%) e Belém (-2,10%).
O valor do quilo do açúcar subiu em 14 capitais, oscilaram entre 0,41%, em Natal, e 5,08%, em Campo Grande. Em São Paulo e Florianópolis, o preço diminuiu nos percentuais de 0,73% e 0,35%, respectivamente.
O preço médio do óleo de soja subiu em 14 capitais, com taxas que variaram entre 0,47%, em Aracaju, e Belém, e 7,31%, em Recife. Houve queda em Natal (-1,77%) e Brasília (-0,26%). Segundo o Dieese, a demanda internacional e a desvalorização do real diante do dólar mantiveram em alta o preço da soja. Além disso, grande parte do óleo de soja tem sido destinada à produção de biodiesel, reduzindo a oferta.
O leite integral aumentou em 13 capitais. As maiores altas foram registradas em Campo Grande (7,1%), Recife (5%) e Florianópolis (3,45%). Houve diminuição em Belém (-2,60%), Belo Horizonte (-1,24%) e Brasília (-0,53%).
O preço do quilo da batata, pesquisada no Centro-Sul, aumentou em sete cidades, ficou estável em Porto Alegre e diminuiu em Florianópolis (-3,10%) e Vitória (-1,86%). As altas mais expressivas foram as de Campo Grande (23,35%) e Rio de Janeiro (12,25%).
Já o quilo da carne bovina de primeira diminuiu em 10 capitais. As quedas variaram entre -2,95%, em Recife, e -0,21%, em Natal. As altas mais significativas ocorreram em Florianópolis (7,80%) e Curitiba (2,67%).
* Com informações da Agência Brasil.





