Prefeitos e deputado definem prioridades para o Baixo São Francisco
Economia 11/07/2013 20h07

Em reunião com o deputado federal Laércio Oliveira e prefeitos do Baixo São Francisco em Brasília, o presidente da Codevasf, Elmo Vaz, ouviu na última quarta-feira, 10, as necessidades da região para destinar verbas no valor de R$ 102 milhões. O deputado destacou que o mais difícil é conseguir os recursos, mas nesse caso já com o dinheiro, é preciso definir as prioridades de investimento.

O prefeito de Propriá, José Américo, entregou ao presidente um relatório completo da situação dos perímetros irrigados de Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume. Ele afirmou que o perímetro encontra-se sucateado, com canais de irrigação e bombas quebradas. Existem máquinas também que não estão sendo utilizadas porque não tem pessoal para operá-las. “É um absurdo que a sede da Codevasf em Sergipe fique em Aracaju se o trabalho deve ser desenvolvido no baixo São Francisco e não temos no local pessoas que façam o serviços. A Codevasf de Alagoas fica em Penedo na beira do rio, porque em Sergipe é diferente?”, questionou o prefeito.

O prefeito destacou que a Codevasf gastou recentemente R$ 10 milhões, mas os recursos não foram bem investidos, não resolvendo os problemas básicos e a situação ficou a mesma. “É preciso ter diálogo com os agricultores, que são quem sofrem as consequências desses maus investimentos”, completou o prefeito. O presidente Elmo afirmou que muitas vezes são escolhidos investimentos mais fáceis para que os recursos não sejam perdidos, mas que agora será garantida a resolução dos problemas mais importantes como os canais de irrigação e as bombas.

O prefeito de São Francisco, Celso do Peixe, que também é piscicultor, falou sobre os problemas da atividade. Ele lembrou que a fábrica de beneficiamento do pescado foi fechada e agora os piscicultores vendem suas produções para atravessadores, que pagam um valor muito baixo pelo quilo do peixe.

Laércio Oliveira, que já foi funcionário da Codevasf, destacou que com os recursos, o caminho é ouvir a comunidade para definir as prioridades de investimento. “Quando eu trabalhava na Codevasf, a situação era bem diferente, as necessidades eram atendidas e a população conseguia viver bem da produção de arroz”, disse o parlamentar.

Em recente discurso na Câmara dos Deputados, Laércio Oliveira chamou a atenção para a enorme relevância social da rizicultura, haja vista ser desenvolvida prioritariamente por pequenos produtores que se concentram nas áreas inundáveis em torno de perímetros irrigados de Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume. Ele destacou que mesmo sem as cheias do Rio São Francisco, a produção de arroz persiste por causa da irrigação, mas os equipamentos estão obsoletos, têm mais de trinta anos de uso.

O deputado federal André Moura também esteve na reunião, mas teve que se ausentar para acompanhar a votação da MP 610/13, conhecida como MP da Seca, que renegocia dívidas dos agricultores nordestinos. Em dobradinha com o deputado Laércio Oliveira, foi ao Plenário, enquanto Laércio acompanhou a reunião da Codevasf.

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