Quase nove mil sergipanos perderam o emprego em julho de 2015
Ocorreram mais de sete mil contratações, mas saldo continua negativo
Economia 21/08/2015 16h56

Por Will Rodrigues

O sétimo mês do ano apresentou um saldo negativo de trabalhadores com carteira assinada em Sergipe. Em julho, 8.992 foram demitidas, enquanto o número de contratações chegou a 7.910, o que representa um saldo de menos 1.082 postos de trabalho. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Ministério do Trabalho, mostram que houve uma queda de 0,36% no total de trabalhadores formais em comparação ao mês anterior.

O setor da Indústria de Transformação registrou o maior saldo de postos fechados, com 453 vagas a menos, seguido pelo Comércio (-408), de Serviços (-389), de Serviços Industriais de Utilidade Pública (-18) e de Extrativismo Mineral (-7). Apresentaram um saldo positivo, a Agropecuária (144), a construção Civil (47) e a Administração Pública (2).

No acumulado do ano, ocorreram 436.918 admissões e 468.120 desligamentos nas empresas sergipanas, o que representa uma retração de 1,70%, equivalente a 31.202 postos de trabalhos fechados. Nos últimos 12 meses, a situação é ainda mais complicada. Foram 776.713 carteiras assinadas contra 821.457 demissões.

Sergipe foi o estado do nordeste que mais contratou nos últimos 12 meses, mas também foi o que mais demitiu e por isso aparece como o estado que tem o segundo maior número de desempregados na região (44.744). Pela primeira vez, em 14 anos, o estado apresenta um saldo negativo de emprego.

Brasil

Em todo país, a situação é semelhante e, em julho, foram fechados 157.905 postos de trabalho com carteira assinada. O resultado de julho representa a menor geração de empregos para o mês desde 1992, quando iniciou a série histórica.

O número resulta da diferença entre admissões (1.397.393) e demissões de trabalhadores (1.555.298). Segundo o ministério, no acumulado do ano, houve perda de 494.386 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 778.731 postos de trabalho, na série ajustada.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou nesta sesta que a expectativa é de que até o final do ano o país retome o crescimento dos empregos. A retomada, de acordo com o ministro, deve vir do aporte de recursos que o governo vem fazendo para estimular as atividades econômicas. Dias citou como exemplo a liberação de R$ 3,1 bilhões do Banco do Brasil para o setor automotivo e os investimentos na construção civil, por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Já o Ministério da Fazenda informou que não comentará os dados do Caged.

*Com informações da Agência Brasil

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