Réveillon Aracaju: setor de turismo lamenta decisão da prefeitura
Capital sergipana não terá festa tradicional na praia da Atalaia Economia 03/11/2016 15h34 - Atualizado em 03/11/2016 18h51Por Aline Aragão
Em um ano marcado por atrasos salariais de servidores, dívidas milionárias com fornecedores e tantos outros problemas que estamparam as manchetes dos noticiários, revelando o caos que se tornou a administração municipal de Aracaju (SE), pode-se dizer que já era esperado o anúncio feito pela prefeitura, por meio de nota, de que a gestão não fará a tradicional festa de réveillon na Orla da Atalaia, e muito menos a iluminação decorativa da cidade para o período natalino.
Embora escaldado com incertezas dos últimos anos quanto à realização ou não da festa e à programação apresentada sempre aos quarenta minutos do segundo tempo, o trade turístico sergipano lamentou a decisão.
Para a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Sergipe (ABIH/SE), Daniela Mesquita, a não realização da festa traz um impacto negativo para toda cadeia de turismo e também para a economia local. “Mais uma vez a gente percebe a falta de comprometimento e de planejamento da prefeitura de Aracaju com relação ao setor de turismo. O prejuízo é para todos que trabalham com turismo, sejam restaurantes, hotelaria, taxistas, vendedores ambulantes, etc.”, afirmou.
Segundo Daniela, devido às incertezas dos últimos anos o setor precisou criar estratégias para atrair o turista, como pacotes mais atrativos e valores diferenciados. “A gente já vem sentindo os efeitos dessa crise há alguns anos, e por isso, o setor precisou se reinventar oferecendo pacotes com festa no próprio hotel, e pacotes mais atrativos. Esperamos que dessa forma consigamos minimizar o impacto”, disse.
Donos de bares e restaurantes na Orla também criticaram a decisão. Para o empresário Hamilton Santana, dono de um restaurante na Passarela do Caranguejo, a notícia é ruim para todos, principalmente em um ano onde o setor amargou um prejuízo de cerca de 40% no faturamento por conta da crise. “Você passar um ano marcado pela falta de pagamento de funcionários e de incentivo e agora mais essa notícia, vamos passar um ano triste, espero a Deus que o próximo ano venha mais alegre”, lamentou.


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