O ano de 2020 trouxe mudanças significativas nos contextos social e econômico, a partir da crise sanitária gerada pela pandemia da covid-19. Num ano difícil, no decorrer do qual muitas empresas fecharam as portas e o desemprego avançou, houve também quem criasse coragem para tirar do papel o sonho de ter o próprio negócio. Esse movimento se confirma pelos dados do Mapa de Empresas do Ministério da Economia, segundo o qual foram abertas 3.359.750 empresas no país durante todo o ano passado, o que representa um aumento de 6% em relação a 2019. 

Ainda conforme o Mapa, tal número é um recorde histórico de abertura de empresas no país, e mostra que a economia tem reagido bem, mesmo em cenário de pandemia. Ainda assim, empresários por todo o país, independentemente do porte do negócio, enfrentam novos desafios diante das alterações no funcionamento dos estabelecimentos, a exemplo das regras e medidas de segurança que devem ser respeitadas durante a pandemia. Além disso, os hábitos de consumo mudaram em 2020, e já se estendem para 2021, deixando futuros empreendedores inseguros. Portanto, é importante que se mantenham atentos às tendências de mercado para esse ano, e ao que pode ser feito para aumentar as probabilidades de sucesso no novo negócio. Confira.

Produtos Saudáveis 

Na avaliação do Sebrae Sergipe, há uma tendência de crescimento do comércio de produtos saudáveis, com destaque para o mercado vegetariano. “Grandes empresas de proteína animal, como Seara, Sadia, Perdigão e de fast-food, como McDonalds e Burger King, recentemente lançaram suas linhas vegetarianas e veganas. Hoje, 14% da população brasileira já se declara vegetariana. Nos pequenos negócios já presenciamos o surgimento de muitos restaurantes vegetarianos, empresas de marmitas sem produtos de origem animal, empresas de cosméticos veganos e essa é a tendência que deve perdurar. Na onda da consciência ambiental e busca por produtos sustentáveis, os cosméticos naturais ganham destaque no mercado da beleza”, aponta o órgão. 

Delivery de alimentação

Ainda dentro do ramo de alimentação, o Sebrae coloca as refeições em sistema de delivery, para consumo no lar ou no trabalho como uma estratégia que também veio para ficar - sobretudo com o aumento desse tipo de serviço desde o início da pandemia do novo coronavírus. “As micro e pequenas empresas dedicadas à produção e delivery de marmitas e refeições embarcaram nessa tendência e devem estar entre os negócios de alta para 2021”, afirma o Sebrae. 

Serviços por assinatura

O órgão acredita no crescimento do serviço de assinaturas, em que o cliente recebe periodicamente um produto ou serviço. Para o negócio, é uma fidelização e um canal de venda recorrente. No Brasil, o mercado de clubes de assinaturas fechou o ano com um crescimento de cerca de 12%. Há boas opções para os mercados de livros, bebidas, alimentos, produtos para pets e cuidados pessoais. 

Conveniência 

A pandemia também trouxe a nova tendência de as pessoas fazerem compras em lojas de conveniência e estabelecimentos perto dos respectivos lares. “Com a adoção do home office por boa parte das empresas e o receio de aglomerações, as pessoas passaram a fazer suas compras no próprio bairro. Empreendimentos em locais residenciais tendem a se destacar nesse cenário”, aponta o Sebrae. 

Infoprodutos

Segundo o Sebrae, o setor de infoprodutos vicejou em 2020 e tende a permanecer ascendente esse ano, com oferta de videoaulas e cursos online. O vídeo se transformou na nova comunicação padrão, favorecendo o retorno para aqueles que souberem explorar essa ferramenta.  

Trabalho virtual

O Sebrae Sergipe verificou ainda que os consumidores estão cada dia mais interessados no comércio em ambiente virtual e a tendência é que as compras online continuem ganhando espaço. “Porém, será preciso que os empresários saibam se comunicar pelos canais digitais, oferecendo um atendimento humanizado e ágil. Esses podem ser bons diferenciais para os pequenos negócios, em relação às grandes empresas”, aponta o órgão. 

Novas opções de pagamento

Os empresários precisam estar atentos também à oferta de variadas formas de pagamento, buscando oferecer aos clientes o maior nível de facilidade para realizar suas compras. A tendência é a redução do uso do dinheiro em espécie e o crescimento de transações virtuais, como o uso do Pix e o parcelamento no cartão de crédito.

Ainda de acordo com o Sebrae, para aproveitar bem as oportunidades é preciso que o empresário faça um bom estudo de mercado, analisando fatores que possam gerar oportunidades, assim como riscos; o perfil dos clientes e fornecedores; os pontos fortes e fracos da concorrência. Também é preciso investir em capacitações para promover uma gestão eficaz do negócio. 

“Em todas essas etapas o Sebrae pode ajudar esse empresário. A instituição dispõe de materiais e profissionais para orientá-lo nesse processo”, reitera o órgão.

*Com informações do Sebrae Sergipe